Há uma semana, o DC publicou reportagem sobre o problema da falta de delegados na região da 13ª Subdivisão Policial (SDP). Durante a apuração, a equipe do DC também recebeu reclamações sobre a necessidade de mais escrivães de Polícia, que são os braços-direitos do delegado.
Embora a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária tenha informado que o efetivo policial civil cresceu 18%, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2017, ainda há necessidade de mais efetivo, segundo o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol). Para o delegado sindical Erinton Muniz de Carvalho, somente para Ponta Grossa, seria necessário contratar mais 15 escrivães para amenizar o problema. Hoje, segundo ele, a cidade possui 20 policiais nesta função, sendo que seis deles trabalham exclusivamente para o plantão da 13ª SDP. É o mesmo número de 15 anos atrás, afirma Erinton, que é escrivão.
Atualmente, segundo Erinton, há entre seis mil e sete mil inquéritos em andamento na cidade. Só nos quatro Distritos Policiais há, no total, cerca de três mil e a maioria destas unidades conta com apenas um escrivão. Todavia, este mesmo policial também está na escala do plantão diurno e passa seis dias do mês fora do DP. Cada escrivão tem, em média, 200 inquéritos já instaurados para trabalhar, fora os novos são cerca de 25 por mês. Mas, em algumas unidades, o número de inquéritos em andamento chega a 600.
Região
Erinton afirma que o deficit de escrivães não é exclusivo de Ponta Grossa e que uma das situações mais críticas na 13ª SDP que abrange 19 municípios é em Castro. De acordo com o sindicalista, lá são dois escrivães, mas um está afastado por licença médica e, por isso, o outro tem nas mãos mil inquéritos. Para toda a área da 13ª SDP, seriam necessários mais 30 escrivães, indica.