Reportagem sobre o uso de tornozeleiras eletrônicas, publicada na versão impressa do DC desta quarta-feira, tem gerado repercussão. A presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Jane Villaca, considera que o monitoramento virtual de presos não é o modelo ideal, no entanto, ressalta que não há alternativa. O monitoramento das tornozeleiras não é 100% eficaz e, por isso, há tornozelados na rua, assaltando direto, lamenta.
Segundo Jane, devido à superlotação nos presídios, os presos estão saindo precocemente da cadeia. Eles não cumprem nada da pena e já saem com a tornozeleira, afirma. Isso gera uma sensação de insegurança na sociedade, explica.
Na opinião de Jane, precisam ser estudadas regras para que os presos que saem com tornozeleiras sejam obrigados a trabalhar ou estudar. Por outro lado, para a presidente do Conselho, é urgente a necessidade de se construir mais vagas no sistema prisional, porém, se o objetivo do encarceramento é ressocializar, ela acredita que ele não está sendo alcançado. Do jeito que estão os presídios, não há como recuperar os presos. É um amontoado de gente, sem espaço para se fazer programas de ressocialização, como aulas e cursos, comenta.