em

Suspeito de abusar de adolescente é detido e amarrado por familiares

Um homem de 50 anos, suspeito de abusar de uma adolescente de 14 anos, foi detido e amarrado pelos familiares da garota na tarde do último sábado (18), em Ponta Grossa. De acordo com o pai da garota – nome preservado – o homem estaria trocando mensagens com a jovem pelas redes sociais desde o começo do mês.

“Eles têm amigos em comum no Facebook e ele começou a mandar mensagens pra ela. Em seguida, ele se passou por professor e marcou um encontro e disse que a levaria no shopping. Ele chegou de moto e a pegou no local marcado, mas a levou em um motel”, relatou.

O pai da garota alega que a filha teria se recusado a ter relações sexuais com o suspeito. “Ela disse que eles ficaram meia-hora no motel e que ela pediu pra ir embora. Quando ele a deixou no local, deu a ela R$ 40 pra que nada fosse dito”.

A situação foi descoberta dias depois pelos familiares da adolescente. “Começamos a trocar mensagens com ele como se fosse ela e marcamos um novo encontro para o sábado de tarde”. O caso, segundo o pai, foi levado até o Conselho Tutelar e à Polícia Civil, através do Núcleo de Proteção à Criança e Adolescente (Nucria) onde foi registrado um boletim de ocorrência.

“Fomos orientados pelo investigador do Nucria para que quando o homem chegasse ao local marcado, teríamos que detê-lo e acionar a Polícia Militar, mas sem machucá-lo”, garantiu.

 

Suspeito foi amarrado por familiares da vítima. Foto: Fábio Matavelli

 

Os familiares seguiram o procedimento da Polícia Civil e amarraram o suspeito quando o mesmo chegou ao local. No entanto, pessoas que passaram pela região souberam da situação e agrediram o suspeito com um chute no nariz.

A Polícia Militar chegou ao local momentos depois para prestar atendimento à ocorrência. “Os familiares teriam interceptado as mensagens no celular da garota. O suspeito foi abordado e ocorreu certo tumulto na via. Pessoas que tomaram conhecimento da situação, o amarraram e alguns o agrediram”, relatou o sargento Lucas, relações públicas da Polícia Militar.

De acordo com ele, equipes da polícia realizaram buscas pela região na tentativa de encontrar os autores da agressão, mas os mesmos não foram localizados. “O próprio suspeito não identificou os autores da agressão. Então nós acionamos o Siate para que levasse o suspeito até o hospital, onde permaneceu sob escolta policial”, relatou.

Inquérito

Ainda no hospital, a PM acionou a Polícia Civil para saber os procedimentos necessários que deveriam ser adotados. “A delegada que estava de plantão informou que o primeiro procedimento seria a abertura de um inquérito policial. Portanto, pai e filha foram levados para a delegacia para prestar depoimento”, informou o sargento. O suspeito foi liberado após deixar o hospital.

A delegada responsável pelo Nucria, Ana Paula Cunha Carvalho, disse que teve conhecimento da situação e alegou que é necessário ouvir a vítima para identificar o tipo de crime que o suspeito estaria cometendo. O caso está sendo investigado.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.