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Conflito familiar motiva sumiço de adolescentes

O caso de desaparecimento de adolescentes, infelizmente, é algo mais comum do que se pensa. No último mês, por exemplo, relatório enviado pelo 1º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa apontou para o desaparecimento de 13 adolescentes, somente em Ponta Grossa. A boa notícia é que nada de grave teria acontecido com os adolescentes, que acabam retornando para casa. Isso depois de causar grande desespero nos familiares.

 

Divulgação
Para delegada Tânia Maria Sviercoski Pinto, diálogo com os filhos é fundamental

 

De acordo com a delegada do setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial, Tânia Maria Sviercoski Pinto, os desaparecimentos são causados, em grande parte devido a situações de conflito familiar. “A adolescência é, muitas vezes, a fase de rebeldia, de não aceitação de regras e isso acaba gerando conflitos com a família. Assim, muitos adolescentes saem de casa e não avisam. Depois, quando são encontrados, relatam que estavam na casa de amigos”, exemplifica.

Além destes conflitos, relacionamentos amorosos estão entre os motivos de desaparecimento de adolescentes. “Tivemos a situação, por exemplo, que de uma adolescente que conheceu um rapaz pela internet e foi para São Paulo. Demorou um pouco, mas conseguimos localizá-la. Mas, na maioria, os adolescentes estão na própria cidade”, explica.

É preciso conhecer os filhos, diz psicóloga

Para a psicóloga Lilian Yara de Oliveira Gomes, os familiares – em especial os pais – precisam conhecer melhor seus filhos. “Isso implica em acompanhar todas as fases de desenvolvimento”, frisa. Saber quem são os colegas e amigos das crianças e adolescentes também é fundamental. “Infelizmente, hoje,  o relacionamento entre pais e filhos tem-se baseado em um contato virtual, através de mensagens por aplicativos. E, nada substitui a conversa, o contato pessoal”, frisa.

Também é preciso que os pais estabeleçam limites. “É preciso firmar com os filhos uma relação de confiança e companheirismo, com muito afeto. Mas, é preciso que colocar-se como pai e não como um ‘amiguinho’. O papel dos pais é essencial porque eles são o modelo, o espelho para os filhos”, reforça Lilian.

 

 

Pessoa desapareceu: o que fazer?

Diante da constatação do desaparecimento de uma pessoa, a tenente da PM, Natália Marangoni de Oliveira, ressalta as atitudes a serem tomadas:

– A partir do momento em que se percebe que pessoa desapareceu é necessário tentar estabelecer os primeiros contatos com pessoas próximas para descobrir paradeiro.

– Se não conseguir, é necessário imediatamente comunicar a Polícia Civil ou Militar. É importante levar foto da pessoa desaparecida para que seja feita divulgação para ajudar nas buscas.

– OBRIGATÓRIO – Quando ocorrer a localização da pessoa pela família, deve-se retornar à Delegacia da Polícia Civil para dar baixo junto ao sistema. Caso contrário, o alerta de desaparecimento se mantém.

 

Buscas por criança desaparecida em Telêmaco continuam

A delegada do setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial, Tânia Maria Sviercoski Pinto, explica que em Ponta Grossa não há nenhum caso de criança desaparecida sendo investigado. “Tivemos o caso de crianças que sumiram, mas foram localizadas com outros familiares, se tratando apenas de desencontro de informação”, frisa.

Mas, em Telêmaco Borba uma família vive há dias a angústia de não saber o paradeiro de uma criança de dois anos. Luiz Felipe sumiu na tarde do dia 27, da frente da sua casa, onde brincava com outras crianças, e até agora não foi localizado. Uma equipe do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) continua em Telêmaco Borba investigando o caso, mas até agora não há novidades.

Informações podem repassadas ao Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) ou pelo 190 da Polícia Militar.

 

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