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Operação em Sengés desmantela quadrilha liderada por preso

Uma quadrilha de traficantes comandada de dentro de um presídio foi desmantelada nesta quarta-feira (26), em Sengés, na região dos Campos Gerais, durante a Operação Fênix, da Polícia Civil do Paraná. Dez pessoas foram presas – entre elas três mulheres e um funcionário da prefeitura que também fazia a entrega de drogas, como maconha, crack, cocaína e drogas sintéticas. Três meninas adolescentes que atuavam ativamente no tráfico foram apreendidas. Os entorpecentes vinham de São Paulo e abasteciam cinco pontos de droga na cidade, que juntos movimentavam até R$ 1,5 mil por dia. Um suspeito está foragido.

O líder da quadrilha é um preso de 28 anos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), natural de Sengés. Ele possui uma extensa ficha criminal e condenações que chegam a 51 anos de prisão por diversos crimes, como porte ilegal de arma, tráfico e lesão corporal, tendo sido duas vezes arrebatado por comparsas, em 2010 e 2011, e posteriormente recapturado.

 

Divulgação
Ooperação envolveu mais de 50 policiais

 

De acordo com as investigações, ele comandava o comércio de drogas em Sengés de dentro da cela em Piraquara. O novo mandado de prisão contra ele foi cumprido na PEP. A polícia suspeita que o traficante tenha contato permanente com membros de uma facção criminosa.

Em Sengés, era a mulher deste preso, de 20 anos, quem coletava, contabilizava o dinheiro do tráfico e distribuía a droga para os traficantes. O principal deles é um homem de 25 anos apontado pela polícia como um traficante violento e de alta periculosidade. Ambos foram presos.

Outro alvo é um suspeito de ser usuário de drogas e de revender entorpecentes em festas que promovia e frequentava na cidade. Em alguns casos, a droga era revendida para adolescentes.

“O resultado foi além das expectativas. Conseguimos prender mais pessoas em flagrante, além dos mandados. Tivemos uma forte parceria com o Poder Judiciário, as investigações da Polícia Civil, com informações do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná e o apoio da Polícia Militar na execução desses mandados. Acreditamos que haverá uma grande limpeza na região e um grande golpe ao tráfico de drogas”, afirmou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.

Investigação

As investigações iniciaram há seis meses a partir da notícia de envolvimento de um servidor da prefeitura de Sengés com o tráfico de drogas no município. Preso na operação, ele era vigilante municipal e também trabalhava como mototaxista. A suspeita é que ele fazia entregas de pequenas quantidades de drogas em toda a cidade até mesmo durante o horário de trabalho.

A quadrilha contava ainda com a participação de mulheres, algumas delas grávidas. Os presos durante a Operação Fênix irão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro.A Operação Fênix contou com apoio da Polícia Militar, do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e do Grupamento de Operações Aéreas (GOA). Cinquenta policiais civis e militares foram destacados para o cumprimento dos 11 mandados de prisão, 24 de busca e apreensão, três de internação provisória de adolescente e outros dois de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para prestar depoimento.

Retroescavadeira

A Polícia Civil suspeita ainda do furto de uma retroescavadeira da prefeitura municipal de Sengés, que pode ter ligação com a quadrilha. Esta máquina, furtada no mês de junho, estaria sendo negociada para outros criminosos, assim como camionetes. Duas pessoas foram conduzidas coercitivamente nesta quarta-feira para depor sobre o caso.

Caça

A delegacia de Sengés também recebeu denúncias de diversos proprietários rurais da região sobre a possível prática do crime de caça ilegal e consequente posse e porte ilegal de arma de fogo e munição. Na manhã desta quarta-feira a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. Na casa dos suspeitos foram encontradas

armas de fogo usadas para caça ilegal, além de 20 munições. Cinco pessoas foram presas.

“É um número expressivo, considerando que durante todo o ano de 2016 foram apreendidas seis armas no município”, comparou o delegado de Sengés, Renan Ferreira.

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