O trabalho integrado das polícias Militar e Civil, inclusive em nível estadual, garantiu a prisão do principal suspeito de um crime de homicídio ocorrido em Ponta Grossa, na madrugada desta quinta-feira (27). Anderson Barboza de Paula foi detido em Foz do Iguaçu, no momento em que passaria a Ponte de Amizade em direção ao Paraguai.
Através de denúncia via 190, a Polícia Militar se dirigiu até um bar na Rua Rio de Janeiro, Bairro Nova Rússia, por volta das 8 horas. Ao chegar no local, a equipe da PM encontrou manchas de sangue e o estabelecimento trancado.
Ao entrar, a polícia localizou a vítima, posteriormente identificada como Juliana Silveira Nunes, 33 anos, já em óbito, aparentemente agredida até a morte com um taco de baseball. O corpo estava caído no chão, ao lado da mesa de sinuca, e coberto. Essa atitude de cobrir o corpo, por si só, já lançaria a suspeita sobre alguém muito próximo à vítima. Mas três bilhetes supostamente escritos pelo companheiro de Juliana, Anderson Barboza de Paula, deixados sobre a mesa, praticamente elucidavam o caso.
De acordo com a delegada Tânia Sviercoski, que coordena a investigação, os bilhetes apontavam como motivação para o crime os ciúmes do rapaz, diante de uma possível situação de traição conjugal.
Como esses elementos o colocavam na posição de principal suspeito, buscamos câmeras de segurança que acabaram mostrando ele saindo do local com o carro da vítima, por volta das 3 horas da madrugada. Acreditamos que esse foi o horário aproximado do crime. De posse das informações, notificamos as polícias rodoviárias do Paraná e de outros estados, e também a Polícia Civil de Foz do Iguaçu, possível rota de fuga, explicou a delegada, detalhando o que levou à prisão do rapaz.
Prisão
No final da manhã, policiais do Grupo de Diligências Especiais da Polícia Civil de Foz do Iguaçu, alertados e de posse das características do suspeito e veículo utilizado, detiveram Anderson no momento em que cruzaria a Ponte da Amizade. O veículo Citröen foi parado, e Anderson foi imediatamente conduzido à Delegacia, sendo autuado, possivelmente, pelo crime de homicídio qualificado por meio cruel, e enquadrado no crime de feminicídio. Anderson não tem antecedentes criminais.
Bilhetes
Em um dos bilhetes, Anderson teria escrito que Juliana pulou para cima dele com o taco e que ele teria apenas tentado se defender. No bilhete, ele ainda pediu desculpas pelo crime. O Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial tem como certo o fato de que Anderson é o autor dos bilhetes, mas o inquérito segue, e deverá adicionar outros elementos para que não restem dúvidas. A Criminalística esteve no bar colhendo informações sobre o crime e o corpo da mulher foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa.
