A mansão na Rua Lopes Trovão, Vila Estrela, em Ponta Grossa, é um dos bens sob a guarda da Justiça e que visam ao ressarcimento do rombo milionário na Câmara de Ponta Grossa, assim como ocorre em relação a dois veículos e um terreno na mesma região da cidade. Mais de quatro anos depois de o escândalo protagonizado pelo ex-assessor de contabilidade da Casa, Rodrigo de Paula Pires, vir a público, o réu confesso -já condenado pela Justiça Criminal por peculato doloso a oito anos, um mês e 23 dias de prisão em regime fechado- continua a recorrer e responder pelos processos na 2ª Vara Criminal e na 4ª Vara Cível em liberdade. Pires vive em Santa Catarina, em que possui empresa de importação e exportação, com a esposa Handrielly Pires.
Do montante desviado, apurado até o momento em pouco mais de R$ 2,3 milhões, somente cerca de R$ 100 mil foram restituídos por familiares de Pires por meio de um acordo com o Ministério Público. A casa na Vila Estrela, que a Justiça considera ser avaliada em cerca de R$ 600 mil, mas que pelas dimensões deveria valer pelo menos o dobro, ilustra o luxo com que vivia o ex-assessor da Câmara que, oficialmente, enquanto servidor público, recebia salário de R$ 4,3 mil. Mais informações na edição impressa do DC deste domingo.