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Rangel faz balanço e aposta em obras para retomar popularidade

Prefeito concedeu entrevista exclusiva ao Diário dos Campos e afirmou que população de PG ‘em breve’ vai perceber avanços em aspectos criticados em pesquisa

 

Rodrigo Covolan

Marcelo Rangel afirma que obras em infraestrutura, pavimentação e lazer serão entregues nos próximos meses

Ao analisar os resultados da pesquisa feita pelo Instituto Pesquisa Planejamento e Marketing (PPM) – publicada pelo Diário dos Campos em uma série ao longo da semana – em que avaliou a administração municipal, o prefeito Marcelo Rangel (PPS) aposta em obras e ressalta os feitos dos pouco mais de dois anos de sua gestão para reverter os aspectos negativos apontados pelo levantamento.

Os itens como asfaltamento, falta de opções de lazer e cultura foram apontados pela prospecção do PPM como os piores do município. Rangel admite que esporte e lazer tem uma faixa menor no orçamento do município, e que já esperava por uma crítica mais severa por parte da população, enquanto que ao falar sobre a pavimentação, citou o programa ‘Asfalto da porta’, tocado por cinco secretarias e cuja meta é investir mais de R$ 30 milhões em pavimentação e reparos nas ruas do município.

O prefeito ainda preferiu ressaltar a parte da pesquisa em que mostra a população feliz com suas vidas e satisfeitos com a cidade: “Se 90% das pessoas estão felizes com a sua cidade, certamente elas estão consumindo mais, propensas a investir, e certamente não vão nos abandonar, vão ficar para estudar, para trabalhar”.

Por fim, Rangel ainda se esquivou em falar sobre reeleição, deixando a decisão em aberto para o próximo ano.

Diário dos Campos – O sr. teve acesso a pesquisa que avaliou os níveis de satisfação da população em diversos aspectos, como o sr. recebeu esses números?

Marcelo Rangel – Eu acho que toda avaliação através de pesquisa nos ensina muito, nos dá embasamento para o trabalho. Eu acho que foi um número interessante para a cidade em qualidade de vida, porque isso refletiu justamente na aceitação da cidade. Quase 90% da estão felizes com a sua vida e 70% com a cidade, esses números são muito positivos em um momento em que o país esta passando por uma turbulência e também com um pessimismo generalizado. O fato de Ponta Grossa estar atravessando essa tempestade que se estabeleceu nesses últimos meses no Brasil com as pessoas felizes com a sua vida, com sua cidade, isso mostra que a cidade está  em um bom caminho. Na minha opinião esses números são os mais importantes, porque na questão pessoal, política, isso é irrelevante

DC- Apesar de estes bons índices citados pelo sr., há maus índices, dados a questões como lazer, obras de asfalto, infraestrutura e saúde. O que a administração municipal pode dar como resposta e o que pode melhorar nesses aspectos?

Rangel – Quando eu assumi tínhamos uma pesquisa demonstrando que a cada dez pessoas, 7,5 avaliavam a saúde como o pior problema de nossa cidade. Hoje temos uma realidade muito diferente. A própria pesquisa (do DC) mostra que a população já está dizendo que nós temos outras demandas. Então já estamos mostrando um serviço diferenciado na área mais problemática da cidade. Mas hoje nós vemos que a cidade avançou, tivemos um investimento muito grande com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Pronto Atendimento Infantil (PAI), que são exemplos de bom atendimento. Nas avaliações de esporte e lazer nós já imaginávamos que poderíamos ter um reclame maior, porque os investimentos nas praças, que estamos em processo de licitação e construção, tiveram um processo burocrático muito lento, e nesse momento em que a população está mais crítica, é necessário realmente um investimento maior nessas áreas que normalmente tem um orçamento mais reduzido. Acredito que com o investimento nas praças, com o projeto “Constelação”, de contraturno nos bairros, com esporte, lazer e cultura, nós vamos mudar essa realidade já ainda nesse ano, e no ano que vem as pessoas vão notar uma evolução muito grande nessa área. Mas temos que ter a consciência que nessas áreas com menor orçamento a evolução é um pouco mais demorada.

DC – Com relação à pavimentação e obras, o que a prefeitura pode contribuir? Existem projetos pra melhor a qualidade de do serviço, que é uma das queixas da população?

Rangel – Nesse terceiro ano a maior demanda está na área de infraestrutura, estamos trabalhando muito na evolução da pavimentação em Ponta Grossa. Os investimentos são os maiores dos últimos anos justamente porque a nossa cidade tem diferencial, temos uma cidade muito espalhada e que não foi planejada por muitos anos. Esse ano adotamos o ‘Asfalto na Porta’, que é um programa com investimento na pavimentação com cinco secretarias dedicadas a ele. Estamos trabalhando com obras muito grandes, como a Eugenio Bocchi, que é uma obra que vai fazer uma ligação importante, na região do Boa Vista, Esplanada, San Marino, a obra da Ernesto Vilela, que vai fazer uma alteração estrutural na cidade muito grande, vai valorizar os bairros que estavam isoladas e dar uma ligação do Borato com o centro, sem passar pela Souza Naves, desafogando a BR-373, que é um dos problemas que eu considero os mais difíceis do município. Os binários em Uvaranas que estaremos colocando em prática em muito breve, com essas ligações entre bairros que são extremamente importantes para esses bairros que tem problemas muito drásticos de locomoção.

DC – A pesquisa também avalia a figura do prefeito em cinco aspectos, como sr viu essa avaliação, em que a população não se diz tão próxima do sr., sendo o que o sr. é um comunicador, uma figura popular?

Rangel – Eu não sou prefeito de mim mesmo, a avaliação pessoal minha eu vejo com naturalidade, em um momento difícil que a política se encontra no país. Talvez isso acabe nos dando ainda mais responsabilidade e acima de tudo, nos norteie para uma proximidade ainda maior. Eu faço contato toda semana com a população, eu não sou político de gabinete, eu gosto de fazer radio, de contar as coisas de uma maneira muito transparente, eu vejo que a demanda das pessoas é muito grande por um trabalho mais próximo no bairro, em que o prefeito esteja completamente entregue ao cidadão no local onde ele vive. Acho que podemos sim melhorar essa proximidade e nossa meta é trabalhar com o secretariado para atender a essas questões mais próximas das pessoas.

DC – Ao assumir a Prefeitura o sr. falou que o primeiro ano de mandato seria um ano de ajustes, e que depois seriam os ‘anos de trabalho’, o que da para esperar destes ‘anos de trabalho’?

Rangel – Para uma cidade como Ponta Grossa, que passa por um momento de desenvolvimento gigantesco, eu posso dizer que sempre se está começando. Tivemos um primeiro ano de ajustes e de avaliação da situação financeira do município e dos problemas com precatórios, fundos de garantia que assumimos e começamos a cumprir com responsabilidade. No segundo ano nós iniciamos os grandes projetos, que no terceiro ano estão saindo do papel.  Até o fim do terceiro e começo do quarto ano de governo é o momento em que os projetos começam a ser entregues à população, e o final da gestão é o momento de avaliação da população, de tudo que se prometeu. Nas minhas metas eu estou tendo controle absoluto, acredito que avançamos muito, com todos os compromissos que assumimos na área de educação, da saúde, segurança, colocamos a casa em ordem e agora a população começa a receber esses avanços. Para mim o terceiro é o essencial de uma gestão, e agora com um desafio ainda maior, porque foi justamente quando entregamos nossos projetos é que estamos passando pela maior crise do pais, em todas esferas, no governo federal e também no estadual. Hoje não existe município que não dependa do governo federal, mas acredito que podemos passar por essa tempestade sim.

DC – Ao receber os dados da avaliação da população, o sr. pensa em reeleição?

Rangel – Não tenho, nesse momento, nenhum interesse de articulação política para uma futura reeleição. Eu tenho uma concentração absoluta no trabalho que estamos fazendo. A reeleição é sempre o resultado de um trabalho. Se existir trabalho por parte do nosso grupo, certamente alguém de nós estará lá para defender o que promovemos para Ponta Grossa. Agora, nesse momento, o prefeito Marcelo Rangel, é o prefeito de Ponta Grossa, não penso em uma possibilidade de trabalho político para o ano que vem, porque tenho muitas metas para esse ano ainda.

 

 

Feitos citados pela administração municipal em áreas que população apontou falhas

Cultura:

– Projeto ‘Sexta às Seis’

– Estação Natal

– Concursos de fotos

– Projeto ‘Constelação’ (em fase de implantação)

Esporte:

– Ampliação do projeto ‘Escola da Bola’

– Aumento da Lei de Incentivo ao Esporte

– Ampliação do projeto ‘Prata da Casa’

Asfaltamento:

8,2 mil metros de pavimentação (investimento de R$ 4,5 milhões)

Projeto ‘Asfalto na Porta’ (em execução e investimento total previsto de R$ 30 milhões)

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