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Deputado ‘abençoava’ documentos para criar cargos fantasmas de fiéis, diz MP

Um assessor do deputado estadual Pastor Edson Praczyk (PRB) teria pedido documentos de pelo menos duas fiéis que passavam por crises pessoais com o pretexto de abençoar os papéis, e, depois de entregar a documentação, passavam a ser funcionárias fantasmas do gabinete do parlamentar. As denúncias do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra o deputado foram reveladas inicialmente pela RPC-TV nesta quinta-feira (28).

Edson Praczyk foi denunciado pelo MP-PR por ter contratado uma funcionária fantasma por três vezes entre 2001 e 2005. A denúncia foi feita na semana passada a partir de um inquérito conduzido pela Polícia Federal. De acordo com o Ministério Público, Praczyk teria nomeado a dona de casa Rosimere de Amorim para exercer o cargo de assessora parlamentar.

Na primeira passagem falsa pelo gabinete de Praczyc, em outubro de 2001, Rosimere foi nomeada para receber onze salários de R$ 1.200 reais, em valores da época. Em outubro de 2002, ela foi exonerada, segundo o gabinete, a pedido próprio. Na segunda nomeação, em maio de 2004, os vencimentos passaram para R$ 2.800 reais. A exoneração ocorreu cinco meses depois e foi novamente justificada pelo gabinete como sendo de vontade da funcionária fantasma. Na última contratação, em fevereiro de 2005, Rosimere teria recebido salários que ultrapassaram os R$ 2.800 reais.

No depoimento à Polícia Federal, a dona de casa disse que nunca esteve no gabinete, que não conhece o deputado e que não trabalha de forma remunerada há mais de 20 anos

O deputado também informou que ainda não foi notificado da denúncia do Ministério Público. Praczyk está no quinto mandato consecutivo e também é suspeito de ter mantido funcionários “fantasmas” durante o primeiro mandato dele na Casa – entre os anos de 2001 e 2003 – e de ficar com os salários dessas pessoas.

Entre os supostos servidores, que eram comissionados, estariam esposas de outros pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, à qual pertence o parlamentar.

Segundo a denúncia, uma funcionária da Casa identificada como Micheli Borges da Silva movimentava as contas bancárias de todos os colaboradores do gabinete do deputado, incluindo as mulheres dos pastores que teriam recebido sem trabalhar na Alep. Para isso, ela usava procurações que davam plenos poderes para tirar extratos, conferir saldos e juros, registrar e alterar senhas, pedir e retirar cartões e talões de cheques, emitir e assinar esses cheques, além de depositar e sacar qualquer quantia.

A suspeita é de que os recursos depositados pela Assembleia nessas contas tenham sido sacados por Micheli e repassados ao parlamentar.

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