Castro, Tibagi, Telêmaco Borba e Ortigueira terão centrais geradoras e estimativa é que unidades gerem mais de 500 empregos
Os municípios de Castro, Telêmaco Borba, Ortigueira e Tibagi terão Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs). A licença ambiental autorizando os empreendimentos foi assinada ontem, pelo governador Beto Richa (PSDB), em uma solenidade que liberou a construção de 28 PCHs, CGHs, termoelétrica e biodigestor em todo o Estado. Juntos esses empreendimentos representam um investimento estimado de R$ 920 milhões e devem gerar 183,4 MW.
Com recursos da inciativa privada, as usinas devem gerar cinco mil empregos em todo o Paraná. Cada unidade deve empregar em média 140 pessoas. A energia a ser gerada pelas novas unidades é suficiente para atender 735 mil pessoas. Os empreendimentos são privados, mas podem se ligar à rede de distribuição de energia da Copel vendendo o excedente que não for aproveitado ou atuando no mercado paralelo. Dos 28 projetos, 20 contam com o apoio da agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Dos 28 projetos, 13 são de Centrais Geradoras Hidrelétricas, 12 Pequenas Centrais Hidrelétricas, uma usina hidrelétrica com capacidade de produção de 32 MW, uma usina termoelétrica de geração de energia elétrica a biogás com capacidade de produção de até 10 MW, um biodigestor de lodo de esgoto e resíduos orgânicos.
Pelas estimativas, as quatro unidades a serem instaladas nos Campos Gerais vão gerar nos dois primeiros anos mais de R$ 500 mil em salários. Em um momento de crise, poder falar de novas oportunidades é privilégio, afirmou o deputado estadual Plauto Miró Guimarães (DEM).
A construção dos empreendimentos está sujeita ao cumprimento das normas ambientais do município, Estado e União. A lei também condiciona, para antes da concessão de licença de operação, a comprovação do efetivo pagamento da indenização das terras e das benfeitorias dos proprietários diretamente atingidos pelo empreendimento.
De acordo com o governo, atualmente há um forte impulso por investimentos em projetos de energia no Paraná. Pelo menos 250 pedidos de construção tramitam no Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Juntos, os empreendimentos somam R$ 8,3 bilhões em investimentos e 1.116 MW, energia suficiente para atender uma cidade com 2 milhões de habitantes.
Municípios que receberão as novas centrais de energia:
Guarapuava, Assis Chateaubriand, Nova Aurora, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Jesuítas, Tupãssi, Nova Aurora, Telêmaco Borba, Ortigueira, Salto do Lontra, Cruzeiro do Iguaçu, Castro, Coronel Domingos Soares, Itaguajé, Colorado, Tibagi, Catanduvas, Porto Vitória, Ubiratã, Rancho Alegre do Oeste, Lobato, Paranacity, Cruzeiro do Sul, Boa Ventura de São Roque, Verê, São João, Anahy, Iguatu, Manoel Ribas e Pitanga.
Autorização
Licença autoriza empreendimento em Jaguariaíva
Durante o evento, Beto Richa também entregou licenças para mais seis empreendimentos de geração de energia. Juntos, esses empreendimentos podem gerar até 137,77 MW energia é capaz de atender 552 mil pessoas, ou uma cidade como Londrina Os projetos, que somam investimento estimado de R$ 690 milhões, precisam da aprovação da Assembleia Legislativa do Paraná.
Foram entregues licença Prévia para PCH Salto Grande, autorização ambiental para enchimento do reservatório da PCH Cantu 2, licenças de Instalação para as PCHs Cantu 1 e Cantu 3, licença Ambiental de Operação de Regularização para a CGH Usina Velha e uma Licença Prévia para usina eólica Rosa dos Ventos. Os empreendimentos hidrelétricos irão operar nos rios Cantu, Jaguariaíva e Pirapó.
Já todos os geradores de energia (hidrelétricos e eólica) irão atuar nos municípios de Mato Rico, Altamira do Paraná, Nova Cantu, Jaguariaíva, Cruzeiro do Sul e Marmeleiro.