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‘Paraná vai investir R$ 6,8 bi em 2016’, assegura Beto Richa

Em entrevista exclusiva, governador do Estado comemora quarto maior PIB do país e projeta 2016 com investimentos e superação de crise

 

Divulgação

“O reconhecimento é uma sinalização clara de que nós estamos no caminho certo”

 

Em entrevista divulgada e produzida com exclusividade pela Associação dos Diários do Interior do Paraná (ADI), o governador Beto Richa diz que há muito que falar do Paraná quando a economia atinge o quarto PIB nacional, a sexta renda per capita brasileira e a avaliação da revista ‘The Economist’ lhe garante o status do segundo Estado mais competitivo do País.

Como um dos exemplos que induziu a economia do Estado ao novo ciclo de desenvolvimento, Richa citou o programa Paraná Competitivo. “O Paraná vive o maior ciclo industrial de sua história, mais de R$ 40,3 bilhões de investimentos que geraram 100 mil empregos em todas as regiões do Estado”, disse.

Segundo Richa, o Estado também fez sua parte reduzindo custos, gastos e enxugando a máquina pública. “No ano que vem, quando todos estiverem com o pé no freio, com dificuldades de governar, no Paraná vamos pisar fundo no acelerador”, disse ao prever R$ 6,8 bilhões de investimentos em obras em todos os municípios do Estado. Leia a seguir a entrevista completa com o governador do Paraná.

Segundo o IBGE, o Paraná já é a quarta economia do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul pela primeira vez na história. Quais políticas públicas e diretrizes de governo permitiram esse resultado?

Beto Richa – Até 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) ficava abaixo do PIB nacional e da média nacional. Passamos a trabalhar duro e resgatar a confiança dos investidores no Paraná, com o diálogo, boas políticas públicas e programas de qualidade. Assim, conseguimos mudar a realidade do Estado. Desde então, ano a ano houve crescimento do PIB e da economia paranaense acima da média nacional. Agora chegamos a esta conclusão, depois de um estudo criterioso do IBGE, que o Paraná assume uma posição histórica. É inédito o Estado ocupar quarto lugar na economia nacional. Ficamos felizes e cumprimentamos todos os paranaenses, porque essa conquista é de todos.

Quais os programas que contribuíram para essa elevação?

Beto Richa – Um deles é o Paraná Competitivo, de incentivos fiscais para atrair indústrias nacionais e internacionais ao Estado. Podemos comemorar. O Paraná vive o maior ciclo industrial de sua história, mais de R$ 40,3 bilhões de investimentos privados e estatais que geraram 100 mil empregos em todas as regiões do Estado. No começo deste ano, o IBGE também apontou que o Paraná teve um crescimento na produção industrial, ao passo que os demais Estados tiveram decréscimo. Também ficamos nas primeiras posições na criação de empregos com carteira assinada, segundo o Ministério do Trabalho.

Como explicar a ‘The Economist’ apontar o Paraná como o segundo Estado mais competitivo do Brasil, atrás apenas de São Paulo?

Beto Richa – São dois institutos respeitados mundialmente que atestam esses dados. O IBGE, apontando o Paraná como a quarta economia e o ‘The Economist’, reconhecendo que é o segundo Estado mais competitivo do Brasil. Este segundo lugar tem um gostinho de primeiro, afinal todos reconhecem que São Paulo é o hors concours, um Estado com a força de um País. Isso mostra que os novos conceitos de administração adotados pelo Paraná deram, de fato, um resultado muito positivo. Este segundo lugar foi apontado depois de uma avaliação muito criteriosa, que analisa a governança, as políticas públicas, os investimentos em educação, saúde, segurança, infraestrutura, empresas públicas, combate à corrupção. O reconhecimento é uma sinalização clara de que nós estamos no caminho certo. Agora é caminhar a passos mais largos e firmes para garantir crescimento ao Paraná com qualidade de vida. É importante destacar que não somos uma ilha dentro deste cenário de dificuldades e incertezas do Brasil.

O Paraná é o segundo Estado com redução na desigualdade. Já estamos “colados” em Santa Catarina. Isso também mostra que as políticas públicas foram e vem sendo acertadas?

Beto Richa – Não existe um instrumento mais eficaz de combate à desigualdade social do que uma gestão pública de qualidade, com bons projetos, planejamento e correta aplicação dos recursos públicos. É o que nós fazemos. Nenhuma administração se justifica se não produzir ações que melhorem a vida das pessoas, principalmente a dos que mais precisam do poder público para ter melhores condições. Tenho uma boa experiência no período em que fui prefeito de Curitiba. Na época, uma avaliação do Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas, que também é respeitado como o IBGE, apontou Curitiba como a capital que mais reduziu pobreza e miséria no País, na ordem de 65%. Fiquei muito feliz, e agora fico novamente com este reconhecimento dos avanços na área social do Estado do Paraná porque de acordo com o Gini, um índice que mede a concentração de renda de determinado grupo, o Paraná tem sido um dos Estados com maior sucesso no combate à pobreza e atualmente é o Estado com a segunda menor desigualdade social do País.

Estas posições conquistadas pelo Paraná vieram para ficar?

Beto Richa – Não há dúvida, fomos avaliados por dois institutos dos mais renomados, conceituados e respeitados do Brasil e internacionalmente. Nada mais concreto e plausível do que estes institutos mostrarem os avanços conquistados ao longo dos últimos anos deste governo. Isso nos orgulha bastante. São números que também nos dizem que devemos continuar trabalhando com extrema dedicação e com uma equipe séria, competente, para produzir resultados ainda melhores. No ano passado, eu falei que o melhor ainda estava por vir e que o segundo mandato será ainda melhor que o primeiro. As confirmações de dois institutos respeitados, que apontam que o Paraná vem evoluindo, comprovam a minha tese.

Quais as estratégias do Governo do Paraná neste tempo de crise para atrair empresas?

Beto Richa – Neste momento de crise vemos a redução brutal da atividade econômica e a inflação fora do controle. Nada pior que a associação destes dois fatores para a vida dos brasileiros. Também há falta e atraso de repasses federais, que estão paralisando as prefeituras brasileiras. Tivemos que proteger o Paraná dos efeitos negativos desta crise aguda e profunda, que é nacional. Fizemos um ajuste fiscal que possibilitou um incremento de receitas na ordem de 6%, mas o mais importante foi a diminuição de gastos de despesas na ordem de 11%. Ou seja, para cobrar o esforço da sociedade, o governo deu o exemplo. Eliminamos mil cargos em comissão. O IBGE aponta que o Paraná é o Estado com menos número de comissionados. Também eliminamos cinco estruturas de secretarias. E determinei aos meus secretários um corte de 15% nos gastos com o custeio e austeridade em todas as ações de administração. Isso tem contribuído para que possamos continuar investindo em todas as áreas da administração.

Pode-se dizer que o ajuste fiscal surtiu efeito?

Beto Richa – O resultado do ajuste fiscal teve um resultado mais do que esperado, o que inclusive ajudou os municípios aumentando suas receitas em cerca de 20%, enquanto no Brasil inteiro as prefeituras estão com muita dificuldade, inclusive para pagar a folha dos seus servidores e nós aqui estamos ajudando os nossos municípios. Encaminhei para a Assembleia Legislativa o orçamento para 2016 com uma previsão histórica de investimentos de R$ 6,8 bilhões. No ano que vem, quando todos estiverem com o pé no freio, com dificuldades de governar, no Paraná vamos pisar fundo no acelerador e garantir um crescimento ainda mais e mais vigoroso ao Estado e qualidade de vida a todas as famílias paranaenses.

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