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Vereadores vistoriam Arena em abandono

Parlamentares vistoriaram obra e entendem que R$2,3 milhões solicitados pelo Executivo não seriam suficientes para concluir obra que já se arrasta por seis anos e custou mais de R$ 8 milhões aos cofres públicos

 

Peterson Strack
Vereadores estiveram na Arena ontem para ver estado do prédio abandonado

 

 

As explicações dadas pelo Executivo sobre a abertura de crédito de R$ 2,3 milhões para a continuidade de obras na Arena Multiuso de Ponta Grossa não foram suficientes para o grupo de vereadores que recebeu o Secretário de Planejamento do município, Ciro Macedo Ribas Junior, ontem. Os parlamentares ainda foram até a própria obra na tarde de hoje e constataram o estado de abando no prédio que já custou mais de R$ 8 milhões para os cofres públicos e se arrastam por seis anos.

O titular da pasta atendeu a um pedido da própria Câmara de Vereadores, que na segunda-feira pediu vistas ao projeto de lei encaminhado pelo Executivo, que pedia a autorização da abertura de crédito. Ribas Junior deu detalhes do projeto e assegurou que os R$ 2,3 milhões são suficientes para concluir a construção da Arena. Informações que não foram digeridas pelos vereadores, sobretudo após a vistoria na obra inacabada.

Em estado de abandono, a Arena precisaria, segundo a Prefeitura, de obras de infraestrutura hidráulica elétrica, troca de telhado e piso para ser concluída. “Estes R$ 2,3 milhões seriam suficientes para que se concluísse a obra”, assegurou Ribas Junior, que ainda afirmou que após ser entregue, o prédio não poderia receber competições de futsal e natação, por não terem medidas oficiais. “Seria um espaço voltado para o lazer, para projetos de escolas”, alegou.

“Vejo uma situação complicada, acredito que seja um pouco precipitado liberar R$ 2,3 milhões mandando para um ginásio, que, por exemplo, não vai atender à modalidade de futsal”, analisou Daniel Milla (PSDB), que ainda viu motivações eleitorais no projeto do Executivo. “Esse dinheiro já poderia ser pedido desde 2013, segundo a própria Prefeitura explicou, mas por que só agora fez o pedido? Temos que zelar pelo dinheiro público, e o que vejo é uma questão política, eleitoral”, complementou o parlamentar.

Além de Milla, compareceram à reunião na Câmara na tarde de ontem os vereadores Delmar Pimentel (PP), Rogério Mioduski (PPS), Taíco Nunes (PTN), Amauri Manosso (PT), Antonio Aguinel (Rede), Pietro Arnaud (Rede), Antonio Laroca Neto (PDT) e José Nilson Ribeiro (PT).

O projeto de lei 288/2015 deve ir para votação amanhã e para ser aprovado, em primeira discussão, terá de receber pelo menos 16 votos.

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