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Maioria dos paranaenses aprova impeachment de Dilma, revela pesquisa

Quase 75% dos paranaenses são favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A informação, divulgada na quarta-feira (30), faz parte do novo levantamento Fiep-Paraná Pesquisas sobre o cenário político atual. Entre os dias 19 e 23 de março, o instituto entrevistou 2.521 pessoas de todas as regiões do Estado.  A pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais, mostra ainda que as administrações tanto do governo federal quanto do estadual seguem com baixa aprovação dos paranaenses, mantendo a tendência de insatisfação revelada no levantamento anterior, realizado em setembro.

Questionados se seriam a favor ou contra o afastamento de Dilma, 74,4% dos entrevistados afirmaram apoiar a saída da presidente. Outros 19,1% se manifestaram contrários ao impeachment, enquanto 4,7% dizem não ser contra nem a favor. Já 1,9% não soube ou não quis opinar. O resultado tem ligação direta com a avaliação dos paranaenses em relação ao governo Dilma. Segundo a pesquisa, 88,4% das pessoas ouvidas desaprovam a administração da presidente e apenas 9,4% aprovam. Números praticamente iguais aos 88% que desaprovavam e aos 9,3% que aprovavam a gestão federal em setembro.

“A pesquisa confirma a grande insatisfação da sociedade com o cenário político atual, o que já havia ficado claro especialmente com as manifestações de 13 de março”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo. “A população está indignada e exige uma solução urgente para a crise política, o que passa obrigatoriamente pelo desfecho do processo de impeachment em andamento no Congresso Nacional”, completa.

O levantamento Fiep-Paraná Pesquisas também mediu a percepção dos paranaenses em relação ao panorama econômico do país. Assim como em setembro, a grande maioria (91,7%) concordou com a afirmação de que o país está vivendo uma crise econômica. Além disso, 50,1% classificaram a situação como péssima.

A novidade da pesquisa é que, desta vez, os entrevistados foram questionados sobre os rumos da economia brasileira em caso de afastamento da presidente Dilma. Para 36,8% deles, caso isso aconteça, a situação levará entre 2 e 3 anos para melhorar, enquanto outros 24,3% dizem que a melhora só virá entre 4 e 5 anos. Apenas 12,7% apostam em um cenário econômico melhor no prazo de até 1 ano.

Outra revelação do novo levantamento é que aumentou o nível de insegurança dos paranaenses em relação a sua fonte de renda. Enquanto em setembro 60,9% dos entrevistados disseram se preocupar muito com a possibilidade de ficar sem trabalho, perder o emprego, ter que fechar seu negócio ou perder a sua fonte de renda nos próximos 12 meses, agora o número subiu para 73,6%. Outros 12,8% afirmaram se preocupar um pouco e apenas 7,4% responderam que não se preocupam.

Em relação ao trabalho do governador Beto Richa (PSDB) no Paraná, a pesquisa mostra que 70,9% dos paranaenses desaprovam sua administração. O índice é levemente melhor do que o registrado em setembro, de 72,8%. O mesmo acontece no caso daqueles que aprovam sua gestão, que passaram de 24,5% para 25,8%. Nos dois casos, porém, as variações estão dentro da margem de erro do levantamento.

Sobre os principais problemas do Paraná, as áreas da saúde (32,1%) e educação (13,5%) seguem liderando a lista, segundo os entrevistados. Porém uma novidade é que a corrupção, com 10,2% das opiniões, ultrapassou a segurança pública (9,4%) – novamente com a necessidade de se levar em consideração a margem de erro. Além disso, os entrevistados foram convidados a atribuir notas de 0 a 10 para a atuação do governo estadual em 11 diferentes áreas. Somando-se as avaliações de todas essas áreas, a nota média do governo ficou em 4.

O universo da pesquisa abrange moradores do Estado do Paraná. Foi utilizada uma amostra de 2.521 pessoas, estratificada segundo sexo, faixa etária, nível de escolaridade e posição geográfica. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais com habitantes maiores de 16 anos, em 90 municípios do Paraná, entre os dias 19 e 23 de março.

Segundo a Paraná Pesquisas, essa amostra representativa do Estado atinge um grau de confiança de 95,5% para uma margem estimada de erro de 2,0% para os resultados gerais. O instituto está registrado no Conselho Regional de Estatística da 3ª e 6ª Região sob o nº 3122/15, e é filiado à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) desde 2003.

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