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Comissão do Senado aprova relatório a favor do impeachment de Dilma

Com 15 votos favoráveis, 5 votos contrários e sem o voto do presidente, foi aprovado o parecer pela admissibilidade do pedido de impeachment. Agora a decisão tem de ser confirmada pelo Plenário. A votação está prevista para acontecer no dia 11.

Pela liderança do PT, o senador Lindbergh Farias (RJ) disse que o processo de impeachment foi um “festival de traições e indecências’ que tem como objetivo retirar direitos de trabalhadores e “engavetar” as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Lindbergh afirmou que senadores que apoiam o processo mancham suas biografias.

“Este momento vai entrar para a História como um golpe. Presidente Dilma, a História vai lhe absolver”, disse o parlamentar.

O senador lembrou ainda que nunca antes o TCU apontou ilegalidades na edição de decretos de abertura de crédito. Também disse que há no país uma tentativa de criminalizar políticas anticíclicas, que implicam expansão do gasto público em momentos de recessão. Sem essa possibilidade, afirmou o senador, o Estado pode eventualmente “ser fechado” em momentos de crise.

O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou na Comissão Especial de Impeachment, que a fraude fiscal pela qual a presidente Dilma Rousseff está sendo julgada empurrou o Brasil para a maior crise de sua história.

Rebatendo as críticas de que haverá supressão de direitos trabalhistas em um eventual novo governo, o líder do PSDB disse que nada atenta mais contra os trabalhadores do que o desemprego — “e o país tem hoje 11 milhões de desempregados”.

Cássio Cunha Lima anunciou voto pela admissibilidade do impeachment por razões jurídicas e políticas. Segundo ele, a presidente está sendo julgada por atentar contra a Constituição e a lei. O senador assegurou que o está sendo observado o devido processo legal, com ampla defesa.

O líder do PSDB manifestou sua expectativa de que, ao completar 190 anos, o Senado Federal não faltará ao povo brasileiro, que o acompanha “neste momento grave”.

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