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Pesquisas orientam cenário eleitoral em Ponta Grossa

Levantamentos ajudam partidos e candidatos em potencial a definirem estratégias e para disputa eleitoral em outubro; institutos veem pesquisas como ajuda em cenário indefinido

Fabio Matavelli
Pesquisas tentam captar tendências e intenções de votos para prefeitura de Ponta Grossa

Restando pouco mais de um mês para o início das convenções partidárias que irão definir as candidaturas para prefeito, pré-candidatos, candidatos declarados e aqueles que pensam em concorrer ao Executivo municipal usam de pesquisas de opinião para tentar captar o cenário eleitoral na cidade. Nas últimas semanas, pelo menos dois institutos realizaram sondagens em Ponta Grossa, perguntando à população sobre intenções de votos e análises de governo.

A maior parte dos partidos recorre a levantamentos para tentar mapear o cenário político na cidade no período pré-eleitoral. “Neste momento é a pesquisa que dá o norte à campanha. É ela quem vai dizer com quem coliga, quem tem rejeição”, afirma Murilo Hidalgo, diretor do instituto Paraná Pesquisas. “As pesquisas pré-eleitorais têm um peso importante, porque ali se vê quem tem muita intenção, quem tem muita rejeição. Consegue inserir possibilidades em um cenário que ainda é incerto”, complementa Pedro Paulo Perroni, do instituto Pesquisa Planejamento e Marketing (PPM).

A análise de partidos, pré-candidatos e institutos de pesquisa é de que as eleições deste ano serão ‘únicas’, por conta das alterações promovidas pela reforma eleitoral, além da crise política instaurada no país. “Vai ser uma eleição completamente diferente. Mais barata, menor, e com uma crise nacional”, aponta Hidalgo. “Pela primeira vez há o limite de gastos por campanha, então se busca saber onde vai aplicar o dinheiro, quais os riscos de uma eventual candidatura”, analisa Perroni.

Cenário

O cenário incerto é um convite às pesquisas de intenção de voto, ainda que as definições tendem a mudarem com a aproximação das eleições, analisam os diretores dos institutos de pesquisas. “O eleitor neste momento ainda não está tão aberto a questões eleitorais, não dá para falar sobre influência de pesquisas na intenção de voto, mas a tendência é que cada vez mais se construa uma base de informações”, explica Perroni. Para Murilo Hidalgo, o número de pesquisas sobre intenção de voto tende a aumentar consideravelmente a partir de junho. “A partir de agora, com o começo da definição de pré-candidatos, só vai aumentar a quantidade de levantamentos”, acredita Hidalgo, que relata ter uma quantidade considerável de sondagens em andamento no país atualmente.

Os diretores dos dois institutos são certeiros em apontar que o atual cenário político permite muitas possibilidades, e que a crise política tornou o xadrez eleitoral ainda mais incerto. “Enquanto a crise nacional não acabar, a eleição para prefeito não começa. É um cenário de muitas incertezas neste momento”, diagnostica Hidalgo. “Pela primeira vez alguém fora do cenário pode gerar um fator político. O atual contexto permite que haja um certo equilíbrio neste jogo. É uma eleição para quebrar paradigmas”, acredita Perroni.

Possíveis concorrentes e o uso das pesquisas

Marcio Pauliki (PDT)

“Utilizamos pesquisas qualitativas para saber as prioridades da população em relação ao mandato de deputado estadual, mas também, em ano de eleições, aproveitamos para saber sobre disputas majoritárias”

Aliel Machado (Rede)

Afirma não ter usado nenhuma pesquisa para definir pela pré-candidatura, mas admite que nos próximos meses poderá lançar mão dos levantamentos.

Álvaro Scheffer (PV)

“Ainda não fizemos nenhuma pesquisa, nem consultamos dados de levantamentos feitos por outros, mas seguramente nas próximas semanas o partido deverá fazer algum tipo de sondagem”

Marcelo Rangel (PPS)

Não encomendou nenhuma pesquisa sobre intenção de voto. No entanto, existem levantamentos recentes sobre avaliação de governo e demandas apontadas pela população.

Neori Tigrão (PP)

“Eu coloco meu nome à disposição do partido, mas são as pesquisas que vão dizer se existem chances, mostrar se é possível”

Obs: Julio Küller, pré-candidato pelo PMB, não foi encontrado para informar se utiliza ou não pesquisas pré-eleitorais.

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