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Servidores escolherão secretário, propõe Gadini

PSOL e PCdoB lançam chapa que se propõe ser ‘verdadeira terceira via’ e defende gestão ‘viável e com participação popular’

 

 

Rodrigo Covolan
Gadini: “Vamos chamar o Legislativo e apresentar a viabilidade do nosso governo, abrir um mecanismo de participação popular”

 

 

Nome lançado pelo PSOL em coligação com o PCdoB para concorrer à prefeitura de Ponta Grossa, Sérgio Gadini deverá ter seu nome homologado como candidato na convenção que as duas legendas realizam no sábado.

Representante de uma chapa que afirma ser ‘a única de esquerda e popular’, Gadini é professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – cargo que pretende manter caso venha a ser eleito, e neste caso devolveria o salário de prefeito ao Executivo do município – e ligado a movimentos sociais na cidade.

O candidato do PSOL defende uma ‘gestão viável e democrática’, e como exemplo da administração que se propõe a fazer, afirma que os secretários de uma eventual gestão sob seu comando seriam escolhidos pelos servidores. Na análise de Gadini, a nomeação dos titulares de pastas, como é feita atualmente, é resultado de acordos partidários. Confira trechos da entrevista.

 

 

Por que ser prefeito?

“Reinventar a política é superar velhos vícios. É comum dizer que o problema da política está em Brasília, mas os grandes vícios também estão na cidade, em Ponta Grossa, como o financiamento de campanha. É preciso reinventar a política. Fazemos política com movimentos sociais, temos soluções de gestão viável e transparente. Sou professor e pretendo conciliar minha profissão, sem abrir mão da cidade. Com gestos e ações concretas é possível reinventar a política. Com a população dizendo para onde vai o dinheiro, pelo diálogo, é possível. Não vamos prometer coisas indefensáveis e impossíveis, são 50 propostas que materializam as necessidades da cidade. É meu primeiro cargo eletivo que disputo, mas tenho 20 anos de participação em movimentos sociais, sempre de modo voluntário.”

 

Proposta de administração

“Defender o dinheiro público é um exemplo de gestão, não nos velhos modelos de política, em que os candidatos e partidos trocam favores por cargos antes mesmo de se eleger. Este tipo de coisa não vamos fazer. Existem cerca de 300 cargos comissionados na prefeitura, e entendemos que podemos reduzir em até 50% este número. Como? Recompondo a máquina administrativa e avançar com concursos. Na educação, por exemplo, hoje a secretaria é resultado de acordos políticos, e nosso conceito é mais simples. Serão os servidores que elegem o nome do secretário. Quem melhor que os professores e servidores, para escolher quem deve ser o secretário de educação?”

 

Governabilidade e alianças partidárias

“Alianças se fazem com movimentos sociais organizados. Vamos chamar o Legislativo e apresentar a viabilidade do nosso governo, abrir um mecanismo de participação popular, com a sociedade civil organizada. E também é preciso que o Legislativo faça a sua parte, de legislar e fiscalizar, para que as pessoas possam de fato participar. E este diálogo pode ser tranquilo. E o compromisso é com uma gestão limpa, governar com setores da sociedade, atribuindo a eles algumas responsabilidades, não ficar refém. O que faremos é uma gestão democrática de fato, não por troca de cargos.”

 

Concorrentes na eleição

“Na velha política, quem está na máquina já está em campanha há muito tempo. A diferença somos nós. A nossa opção é de quem não faz parte da máquina. Um (candidato) parte de um mandato como deputado federal, outro integrou uma secretaria, e um prefeito que tenta se reeleger. Eu nunca ocupei um cargo público, essa é a diferença, não partimos da máquina. As pessoas falam que não tem alternativa na política, mas somos uma opção viável, o PSOL é a verdadeira terceira via, não esta que se apresenta aí, que é a mesma que sempre esteve no poder. A única candidatura popular e de esquerda, não populista, é a nossa, não em troca de favores, como de outros partidos.”

 

Viabilidade de governo

“Temos uma trajetória dentro dos movimentos sociais, é possível ter um governo de fato com participação popular. Não como é feito hoje, em que partidos negociam antes mesmo de gestão começar. Queremos convidar as pessoas para participar e provar que é um projeto viável.”

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