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Senado inicia julgamento de Dilma Rousseff

Testemunhas começam a ser ouvidas e processo deve se estender até a próxima semana; Temer afirma ‘estar tranquilo’

 

Divulgação
Temer afirmou que espera contar com pelo menos 63 votos favoráveis ao afastamento de Dilma

 

 

O Senado inicia nesta quinta-feira o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, em um roteiro que pode se arrastar por quase uma semana. O processo começará tem previsão de iniciar às 9 horas, com a apresentação das chamadas “questões de ordem”.

No total, oito testemunhas serão ouvidas, duas de acusação, que abriu mão de indicar mais nomes, e seis de defesa. Em seguida, os senadores iniciarão a oitiva das testemunhas de acusação e defesa. No total, oito testemunhas serão ouvidas, duas de acusação, que abriu mão de indicar mais nomes, e seis de defesa.

Nesta quinta-feira (25) quatro delas serão ouvidas e na sexta (26) as outras quatro. Na sessão de quinta deverão ser ouvidos o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor de fiscalização do TCU, Antonio Carlos Carvalho, pela acusação. Em seguida serão ouvidos o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e o professor de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Prado, pela defesa.

O presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski é o primeiro a inquirir as testemunhas. Em seguida, os senadores têm seis minutos cada para fazer perguntas. Os advogados de acusação e de defesa têm 10 minutos cada. De acordo com o rito estabelecido, essa fase deve terminar até a madrugada de sábado. Para facilitar os trabalhos serão ouvidas quatro testemunhas por dia.

Já na primeira hora de inscrição, oito senadores, entre eles Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Vanessa Grazzition (PcdoB–AM) e Fernando Bezerra Coelho (PSB – PE), haviam se inscrito para garantir a fala já no início da sessão.

O Senado retomará a sessão na segunda (29), às 9 horas, com a presença de Dilma. A presidente irá pessoalmente se defender. Questionada se não temia atitudes agressivas por parte de alguns senadores, respondeu: “Nunca tive medo disso. Aguentei tensões bem maiores na minha vida. É um exercício de democracia”.

Na terça, os parlamentares retomam a sessão com a etapa em que cada um pode discursar por até dez minutos. A expectativa é de que esta fase dure cerca de 20 horas. Quando os discursos acabarem é que os advogados de acusação e defesa apresentarão suas alegações finais. Só então, os senadores iniciarão a votação que deve decidir pela saída definitiva de Dilma.

Placar

Na véspera do início da fase final do processo de impeachment, o presidente interino, Michel Temer, afirmou que aguarda o resultado com tranquilidade e que tem a confiança de que terá o número mínimo de votos para continuar à frente do Palácio do Planalto.
Perguntado sobre quantos votos o governo terá, ele evitou polemizar e respondeu o quantitativo mínimo necessário para que seja confirmado o afastamento definitivo de Dilma Rousseff: “Cinquenta e quatro”, disse o presidente interino.
Na saída de cerimônia para lançamento de medidas para o agronegócio, o peemedebista foi questionado sobre a expectativa para a etapa final, que começará nesta quinta-feira (25) no Senado. Temer negou estar ansioso: “Não. Agora é esperar, com tranquilidade”, respondeu.
A expectativa do Palácio do Planalto, no entanto, é obter um montante bem, com cerca de 63 votos pelo impeachment.

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