em

Câmara de PG interrompe recesso e vota aumento de impostos

 

Rodrigo Covolan
Membros do governo se reuniram com integrantes da Acipg para falar sobre proposta de aumento de tributos

 

A Câmara de Vereadores de Ponta Grossa retoma seus trabalhos nesta quarta-feira (18) para votar uma série de projetos do Executivo, entre eles aumentos em tributos, no caso Imposto Sobre Serviço (ISS) e também Imposto Sobre Transmissão de Bens Móveis (ITBI).

O reajuste de impostos – que pode atingir a mais de 19 setores econômicos – tende a ser a matéria que gere o maior debate na sessão extraordinária da Câmara, com previsão para iniciar às 9 horas e se prolongar até a tarde, com uma segunda sessão extraordinária, que deve votar em segunda discussão as matérias.

Representantes de setores que podem vir a ser atingidos pelos aumentos propostos pelo Executivo manifestaram serem contrários à intenção da proposta. “Isso vai na contramão, copiando um modelo defasado, que é aumentar impostos e desestimular o setor produtivo”, comentou o vice-presidente do escritório regional do Secovi-PR, Carlos Ribas Tavarnaro. “Percebemos que a construção civil e o ramo imobiliário serão os mais atingidos e que a proposta é a de que tenhamos o ITBI mais caro do Estado”, complementou o representante do setor imobiliário.

Membros de outros setores que podem vir a serem afetados pelos reajustes também foram contatados, e esperam pela rejeição do projeto. Na manhã de ontem representantes do governo municipal, o procurador-geral do município, Marcus Vinícius Freitas, o secretário da Fazenda, Odaílton Souza, além do vereador Eduardo Kalinoski (PSDB), se reuniram com membros da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (Acipg) para discutir a proposta de aumento de tributos no município.

Na avaliação do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), as propostas de reajustes desestimulam a atividade econômica e atrapalham a retomada das empresas. “Se estes aumentos forem aprovados, a administração municipal irá prejudicar em muito a indústria da construção civil, que é um dos setores que mais gera emprego e renda em todo o Brasil. Nossos governantes deveriam implementar ações de estímulo à indústria e ao mercado imobiliário para que a iniciativa privada volte a investir, a contratar trabalhadores e, desta forma, contribua com a recuperação da economia. Aumentar impostos em um país que já sofre com a elevada carga tributária é andar na contramão do crescimento”, alegou o presidente da entidade, Sergio Crema.

A expectativa é de que a pauta acabe sendo derrubada pelos parlamentares ainda na quarta-feira e que não seja adiada para outras sessões. “Não fomos consultados, ficamos perplexos com a notícia, e entendemos que é um assunto que nem merece ser discutido. Aumentar impostos hoje é um absurdo. Esperamos que os vereadores votem e já pela rejeição do reajuste, que não peçam vistas. Acreditamos no bom senso e na serenidade dos parlamentares”, completou Tavarnaro.

 

Alguns pontos que deverão ser votados na sessão de quarta-feira:

– Reajuste do ITBI de 2% para 3%

– Reajuste do ISS para 19 setores, variando de 3% para até 5%, dependendo do setor

– Extinção da Fundação de Turismo*

– Extinção da Agência Reguladora de Águas

– Alterações estruturais de secretarias

– Aberturas de créditos

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.