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Acipg pede para que Rangel adie aumento da tarifa de ônibus

Entidade questiona itens da planilha apresentada ao Conselho de Transporte e que baseou reajuste na tarifa de ônibus em PG

 

Fabio Matavelli
Membros da Acipg questionam itens que integram planilha do transporte

 

 

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) irá pedir para que o prefeito de Ponta Grossa não acate – ao menos por enquanto – a proposta do Conselho Municipal de Transporte para elevar para R$ 3,70 o valor da tarifa do transporte público da cidade.

A entidade entende que é preciso reavaliar os itens que compõem a planilha de custos do transporte – documento utilizado para calcular o valor da passagem – antes de decretar o reajuste. A Acipg entende que alguns valores dos itens devem ser analisados e revistos, o que poderia impactar na manutenção do valor atual (R$ 3,20) ou até mesmo em uma redução.

A entidade ainda defende que o preço da passagem seja redefinido somente após a conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o transporte o público, instaurada esta semana, justamente com o objetivo de detalhar os valores da planilha de custos. “Estamos solicitando em função de todas essas dúvidas expostas, dessa pré-disposição dos vereadores, que se espere o resultado, e aí sim, defina o valor, com algo bem estudado e embasado” diz Douglas Taques Fonseca, presidente da Acipg. “O momento é delicado, e o que se pede é que o prefeito observe, tenha a gestão e procure esclarecer todas as dúvidas. Se tiver que aumentar a passagem, a sociedade vai entender, agora não aumente obscuramente”, complementa Luiz Eduardo Pilatti Rosas, diretor de Assuntos Comunitários da Acipg.

“Nós discordamos do Conselho de Transporte de ter recomendado o aumento da passagem para R$ 3,70. Porque muitos itens teriam de ser melhores avaliados e que, com certeza, baixaria o valor da tarifa”, argumenta o presidente da entidade. “Por exemplo, os terminais têm um custo na planilha de quase R$ 200 mil ao mês. Entendemos que isso é um absurdo, isso impacta na planilha em R$ 0,16”, argumenta Fonseca. “Se vai ficar pior ou melhor não se sabe, mas a sociedade precisa decidir se está disposta a pagar R$ 0,16 a mais na passagem para a empresa limpar o terminal”, diz Pilatti.

Outros itens

Outros itens com impacto na planilha e questionados pela Acipg são o preço do óleo diesel, gratuidades nas passagens e a utilização de cobradores. “Os valores que estão na planilha, a gente sabe que talvez dê para reduzir, comprar melhor. O fator que mais pesa é o valor do diesel. Pela demanda, pelo volume que ela compra, ela tem que comprar melhor”, argumenta Pilatti. “Somos contra gratuidade que pese na planilha. Se o prefeito quer dar alguma gratuidade, que o governo que arque com elas”, afirma Fonseca. “Não somos favoráveis a que se demitam os cobradores, não entramos nesse mérito. Agora precisamos discutir com a sociedade que isso custa mais de R$,040 e se ela está disposta a pagar”, complementa Pilatti.

A Acipg possui um membro no Conselho de Transporte, no entanto, a entidade alega que os itens do documento não foram analisados detalhadamente pelo grupo, como, por exemplo, a redução no número de passageiros. “A afirmação é que o número de passageiros é menor que 20 anos atrás. Hoje transporta menos pessoas e anda muito mais, isso é um fator determinante, mas não é um número plausível, não está no papel. Em 20 anos a população cresceu violentamente e ainda assim diminui o número de passageiros? Por mais que muitos tenham comprado carro, eu não concordo, isso tem que ser verificado”, questiona o presidente da Acipg.

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