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Reforma da Previdência mobiliza debate

Parlamentares se posicionam sobre reforma que propõe alterar regras para aposentadoria

 

Divulgação
Reforma Previdenciária vem sendo analisada em Comissão Especial na Câmara

 

A Reforma da Previdência, atualmente em trâmite no Congresso, vem mobilizando parlamentares, que apontam críticas ao projeto e defendem um debate sobre as propostas feitas pelo governo.

As mudanças estão sendo analisadas pela Câmara dos Deputados, e as primeiras emendas à proposta já foram apresentadas. O deputado federal Aliel Machado (Rede) recentemente criticou a medida, afirmando que com as mudanças que “a maioria dos brasileiros irá perder o direito de se aposentar”. “Essa reforma é extremamente prejudicial e vai atacar os mais pobres e os que não têm condições, aqueles que ganham um salário. É um acordo com grandes setores para retirar os direitos das pessoas que mais precisam”, afirmou recentemente o deputado, durante sessão da Comissão Especial.

Sandro Alex (PSD) já afirmou que é preciso um amplo debate sobre as mudanças na Previdência e também sinalizou com a necessidade de mudanças no projeto original para ter o seu voto de aprovação.

No Senado, próximo passo para análise da Reforma da Previdência, a resistência às propostas governistas também são grandes. Alvaro Dias (PV) já adiantou que não aprova a medida como ela foi formulada pelo governo. “Caso esta reforma avance na Câmara, não terá o meu voto no Senado, a menos que mudanças sejam apresentadas”, disse há cerca de um mês, o senador paranaense.

“É uma reforma muito ruim, perversa. Vamos regredir em muitos anos. O governo vai ter dificuldades em aprovar esta reforma, do jeito que quer. A Previdência mobiliza a população, afeta a todos”, analisou a senadora Gleisi Hoffmann (PT) ao ser consultada pelo DC recentemente. “Somos a favor de reforma, mas proposta por um governo legítimo. Em segundo lugar, toda reforma tem que começar a valer para os novos casos, não para pessoas que já contribuíram, que tem 20, 30 anos de contribuição e podem perder o direito de se aposentar”, disse Aliel.

“Um estudo mostra que 30% não conseguirão se aposentar com esta reforma, é uma vergonha”, continuou Aliel. “O que acontece aqui é um grande acordo, por troca de emendas, de favores, de cargos. Não podemos aceitar que isso aconteça, estamos atentos”, complementou Aliel.

 

Principais propostas da Reforma Previdenciária:

-O trabalhador terá que contribuir por 49 anos se quiser receber 100% do valor da aposentadoria a que tem direito. Pelas regras propostas, o trabalhador precisa atingir a idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribuição para poder se aposentar. Neste caso, ele receberá 76% do valor da aposentadoria. A cada ano que contribuir a mais terá direito a um ponto percentual. Desta forma, para receber a aposentadoria integral, o trabalhador precisará contribuir por 49 anos, a soma dos 25 anos obrigatórios e 24 anos a mais.

-As novas regras estabelecem idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, segurados do INSS, servidores públicos, trabalhadores rurais e urbanos poderem pedir a aposentadoria, assim como parlamentares e detentores de cargos eletivos. O tempo mínimo de contribuição será de 25 anos.

-As regras valerão para homens com idade inferior a 50 anos e mulheres com menos de 45 anos. Para os contribuintes com idade superior, a proposta prevê a aplicação de um acréscimo de 50% sobre o tempo que restava para a aposentadoria, tendo como base a regra antiga.

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