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Sugestões para regulamentação de trailers são apresentadas em audiência pública

Em audiência pública realizada ontem (25) na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa foram discutidos os Projetos de Lei números 293 e 294 de 2016, de autoria dos vereadores George de Oliveira (PMN) e Sebastião Mainardes (DEM) e que regulamentam as atividades dos trailers e food trucks.

Comandada pelo vereador George de Oliveira, a audiência contou com a participação de vereadores, representantes do Executivo, proprietários de trailers e food trucks que atuam na cidade, além de representantes do comércio, que praticamente lotaram o plenário.Na ocasião, houve a leitura do projeto de lei 293/2016, que dispõe sobre o comércio de gêneros alimentícios em logradouros públicos, de caráter permanente, em trailers com localização  fixa no município de Ponta Grossa e em seguida foi aberto espaço para pronunciamento dos participantes. “Como não há lei vigente hoje Ponta Grossa é ‘terra de ninguém’. Tem quadra que tem três, quatro trailers de lanche, por isso temos que resolver este problema em definitivo”, destaca o vereador George de Oliveira.

 

Peterson Strack
Plenário da Câmara ficou lotado para discussão sobre regulamentação da lei

 

O Diário dos Campos conversou com vários proprietários de trailers e food trucks que participaram do encontro e eles se mostram a favor da regulamentação da atividade. “Nos últimos anos este setor cresceu muito e é fundamental que exista uma lei que regule a atividade o que nos dá mais segurança para trabalhar e também ao consumidor maior garantia quanto ao produto que está consumindo”, destaca Maria Ines Maia, que há cinco anos mantém um trailer de lanche na avenida Balduíno Taques.

Sugestões

Para a secretária municipal de Saúde, Ângela Pompeo, que participou da audiência, será muito importante o município ter uma legislação própria. “Muitas vezes as leis são elaboradas sem que estejamos presentes e não podemos participar deste debate, apenas seguir a legislação e aí temos que resolver inúmeros problemas. Por isso, creio que ter uma legislação própria, em que podemos adequar a nossa realidade será bastante benéfico”, reforça Patrick Westphal, da Vigilância Sanitária.

Segundo Westphal, um dos pontos críticos é a falta de banheiro para quem trabalha nos trailers e food trucks. “Os manipuladores de alimentos muitas vezes passam oito, dez horas nos trailers e não têm acesso a estrutura sanitária adequada. Chega até a Vigilância casos de profissionais que acabam fazendo suas necessidades próximo aos trailers”, cita. Outra sugestão apontada por Westphal é que a legislação deveria incluir a obrigatoriedade de os funcionários destes locais passarem por curso de boas práticas de manipulação de alimentos. Para

Celso Fagundes Schier, proprietário de um trailer que comercializa crepe e churros próximo ao terminal central, destaca que entre os pontos positivos do projeto está a demarcação de vagas e o ponto de luz. “Hoje eu trabalho com gerador de energia e o custo é muito alto”, explica. Conforme o vereador George, sugestões e propostas podem ser entregues a ele ou demais vereadores para que sejam analisadas e possam integrar o projeto.

Discussão deve ser extensa, apontam vereadores
Os projetos que regulamentam as atividades dos trailers e food trucks em Ponta Grossa foram retirados de pauta para vistas e ainda não tem data definida para ser votado. Antes disso, ele deve ser amplamente discutido pelos vereadores e não se descarta a realização de novas audiências públicas para debater o tema.

Para o vereador Daniel Milla (PV), é importante que se discuta de forma ampla os projetos. “Precisamos não apenas regulamentar quem trabalha nos trailers como também defender o interesse dos empresários, que muitas vezes pagam aluguel, e possuem altas despesas para manter seu estabelecimento funcionando dentro de normas rígidas da vigilância”.

Devido ao crescimento exacerbado das atividades de trailers e food trucks nos últimos anos, o vereador Pietro Arnaud (Rede) é preciso regulamentar o setor, mas também ressalta que é preciso levar em consideração a situação do empresário do ramo que gera emprego, que paga aluguel, e que não pode ser prejudicado com a instalação de um trailer em frente ao seu estabelecimento. “Por isso, ainda não tenho como me posicionar a favor ou contra o projeto sem antes ouvir o posicionamento formal da Vigilância Sanitária, da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], Associação Comercial, e outras partes envolvidas”, destaca.

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