Em entrevista transmitida ao vivo pelas redes socais do Diário dos Campos na manhã desta sexta-feira (23), o prefeito Marcelo Rangel (PPS) falou sobre o nome ser cogitado como principal representante do PPS para concorrer ao cargo de governador do Paraná. Rangel também salientou sobre a parceria entre Ponta Grossa e o deputado estadual Hussein Bakri (PSD. O prefeito ainda respondeu a questionamentos bastantes atuais, como o problema da destinação do lixo, assim como a polêmica envolvendo o valor da tarifa do transporte coletivo. Confira os principais trechos da conversa:
Viabilização da candidatura
Para o prefeito Marcelo Rangel, chegou a hora de Ponta Grossa participar do “bom debate” da esfera estadual. Em pré-convenção realizada na quinta-feira (22), em Curitiba, o PPS aprovou o nome de Marcelo Rangel como pré-candidato à corrida ao Palácio Iguaçu. Embora Rangel evite falar como algo já acertado e concreto, tratando como um projeto a ser debatido, acredita que o trabalho como deputado estadual e à frente da Prefeitura de Ponta Grossa por dois mandatos auxilia nesta capacitação para a disputa. “Trabalhamos muito pelo emprego, desenvolvimento industrial e, principalmente, educação em tempo integral, que é nossa principal bandeira. Se saímos do zero em Ponta Grossa e conseguimos implantar 64 escolas em tempo integral no meio da maior crise institucional do país podemos levar para o Estado, porque as escolas estaduais têm este déficit”, ressalta, acreditando que a candidatura não deve resultar em ‘desavenças’ com o governo do Estado, que deve lançar candidato.
Sobre a aproximação com o deputado Hussein Bakri
Questionado se a indicação do deputado Hussein Bakri (PSD) como representante de Ponta Grossa junto ao governo do Estado causou ‘problema’ com outros representantes do município, Rangel explica que sempre defendeu que Ponta Grossa é muito grande e “não tem cerca”, estando aberta a todos que querem colaborar com o desenvolvimento. “O governo do Estado me pediu que fizesse indicação de dois deputados governistas. Então, indiquei o deputado Plauto [Miró, DEM], que é governista e Hussen Bakri, pelo fato de ser do PSD , que integra a base governista do governador Beto Richa”, explica. Rangel ainda afirma que ciúme não é um comportamento maduro na política. “Devemos avaliar pelo trabalho e realização”, reforça.
Transporte coletivo – avanços e problemas
Para o prefeito, a implantação do passe livre foi um avanço histórico no transporte coletivo de Ponta Grossa. Mas, o prefeito aponta que assunto – transporte coletivo – é avaliado negativamente em âmbito nacional e reconhece que em Ponta Grossa o serviço ainda é deficitário e que é preciso evoluir. “Estamos trabalhando com integração, acessibilidade em todos os ônibus. Vou ficar satisfeito com o trabalho que deve ser realizado até julho do ano que vem”, diz.
Aterro do Botuquara
Por decisão do Ministério Público, o Município tem o prazo de 120 dias para encerrar as atividades do aterro irregular do aterro Botuquara e para implantar um novo sistema, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Para o prefeito, o maior entrave para resolver o problema do lixo está na questão financeira. Segundo Rangel, embora o aterro do Botuquara represente um problema ambiental grave, o custo para depositar no local é de R$ 50 a R$ 100 reais a tonelada de lixo. “No caso de uma usina de lixo, o custo de operação subiria para R$1.000 a tonelada”, compara. Por isso, para tentar resolver o problema em curto prazo, a Prefeitura pretende licitar o serviço.
Investimentos em pavimentação
Sobre os investimentos em pavimentação e as constantes reclamações da população sobre problemas de falta de manutenção das vias, Rangel defende que o município recebeu o maior pacote de obras em infraestrutura, com 200 km de vias pavimentadas. Ele acrescenta que ligação interbairros será prioridade no novo pacote de R$ 30 milhões em infraestrutura, que foi anunciado em parceria com o Estado. “Mas não vai resolver o problema de toda a cidade”, adianta.
Condições da saúde
Sobre as reclamações acerca da Saúde em Ponta Grossa, Rangel destaca que a situação é difícil em todo o país. “Mas em Ponta Grossa estamos avançando, e hoje o Hospital da Criança é orgulho. Temos UTI pediátrica e neonatal e o Hospital Regional conta com uma importante estrutura. O problema é que se atendemos 200 mil pessoas mas deixamos de atender uma, certamente será algo institucionalizado como problema instituído na saúde como um todo”.