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Cortes não vão afetar prestação de serviços, diz Rangel

Marcelo Rangel afirma que crise que preocupa ponta-grossense não impedirá oferta de serviços; Prefeito também comentou sobre avaliação de seu governo pela população

 

Arquivo DC
“Mesmo diante das dificuldades financeiras, o Município vem conseguindo garantir a prestação de serviços essenciais”

 

Os dados de que apontam que mais da metade da população ponta-grossense tem como maior preocupação problemas relacionados à crise econômica e que boa parte dos moradores estão insatisfeitos com os serviços ofertados pela Prefeitura de Ponta Grossa foram analisados pelo Prefeito Marcelo Rangel (PPS), que entende ser necessário mais investimentos para conseguir uma melhor avaliação dos serviços públicos.

Rangel também afirma que o Município está tomando as medidas necessárias para enfrentar a crise financeira tão temida pela população de Ponta Grossa, e que eventuais cortes na administração não irão afetar a oferta de serviços.

Em entrevista exclusiva, Rangel ainda afirmou que encara com naturalidade os números sobre sua aprovação, “estes números não assustam”, analisa Rangel. Confira trechos da entrevista exclusiva com o prefeito.

 

Diário dos Campos – Uma pesquisa divulgada pelo instituto IRG em parceria com o Diário dos Campos informou que as maiores preocupações do ponta-grossense hoje são o medo de sofrer algum tipo de violência e também problemas em decorrência da crise, como perder o emprego, não conseguir pagar as contas, etc. Como o sr. analisa estes dados e o que pode ser feito para atenuar estas preocupações?

Marcelo Rangel – Sabemos que as preocupações da população são resultado do que vemos todos os dias no noticiário, com a dificuldade financeira enfrentada por muitos brasileiros e o aumento da criminalidade em diversas cidades. Por isso temos trabalhado em Ponta Grossa para nos afastarmos ao máximo desse cenário. Na área do emprego, por exemplo, o processo de industrialização que estamos vivendo desde 2013 tem aumentado a oferta de vagas no mercado de trabalho do município.

Desde então, quase 40 ampliações e instalações de indústrias foram viabilizadas pelo governo municipal, gerando pelo menos 3.700 vagas de emprego diretas. Se formos considerar que cada vaga direta gera pelo menos 4 indiretas, a estimativa é que cerca de 19 mil vagas de emprego tenham sido criadas nesse processo, o que é um número bastante expressivo.

A segurança é outra área que nosso governo dá extrema atenção. Inclusive, foi na nossa gestão que criamos uma secretaria específica para atender as demandas nesse segmento. E ao longo dos anos, buscamos aumentar os investimentos para que nossa equipe esteja cada vez mais capacitada.

Hoje contamos com mais de 260 agentes de segurança capacitados, uma frota de 40 viaturas e um sistema de videomonitoramento. Queremos que a nossa população se sinta segura e por isso trabalhamos continuamente com novas estratégias e novas operações.

DC – A mesma pesquisa informa que 47,47% dos aprovam sua gestão, e 45,85% desaprovam. Como o sr recebeu estes números?

Rangel – Com certeza gostaríamos de trabalhar com índices maiores de aprovação, mas dado o momento de crise política e econômica pela qual o país passa e as dificuldades que estamos enfrentando na gestão do município em decorrência disso, estes números não assustam. Mesmo diante das dificuldades financeiras, o Município vem conseguindo garantir a prestação de serviços essenciais sem prejuízo à população. Na gestão interna, também estamos com a marca histórica de pagamento da folha de servidores em dia há quatro anos e sete meses.

DC – A pesquisa ainda informa que mais da metade dos entrevistados (55,3%) aprova os serviços oferecidos pela Prefeitura, mas, ao mesmo tempo, apenas 25% afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a qualidade dos serviços prestados pela prefeitura. Que solução encontrar para esta insatisfação?

Rangel – Nós entendemos que nesse momento a solução é a continuidade dos investimentos que o município tem realizado, para garantir o atendimento essencial à população e qualidade de vida. Só na área da educação, investimos 25% do nosso orçamento no ano passado, garantindo estrutura para o desenvolvimento das atividades, alimentação de qualidade e uniforme completo. Nestes primeiros seis meses, entregamos mais de R$ 12 milhões em obras na educação, na inauguração e reforma de sete unidades escolares. Em 2017, já concluímos mais de 30 obras de infraestrutura, entre ligações interbairros, pavimentação, campos society, unidades básicas de saúde e diversas outras. Além disso, estamos com mais de 40 obras em execução neste momento. Com a continuidade nestes investimentos e qualificação dos nossos profissionais, esperamos alcançar a satisfação de uma parte maior da população.

DC – O município tem capacidade financeira para enfrentar a crise que preocupa os ponta-grossenses e também melhorar a qualidade dos serviços públicos?

Rangel – O Município tem conhecimento deste cenário e está se preparando para trabalhar com essa crise, o que acredito que já conseguimos demonstrar no primeiro semestre deste ano. Fomos um dos poucos que conseguimos antecipar a primeira parcela do 13º salário. Nossa gestão tem focado todas as ações de governo para a economia, para priorizar os serviços que são essenciais. Um exemplo disso é o fato de termos aberto mão de uma festa que é tradicional em Ponta Grossa, com quase 40 anos de história. Abrimos mão da Efapi já prevendo as dificuldades financeiras e orçamentárias que iremos enfrentar. Isso é algo que nos preocupa todos os dias, principalmente se as transferências constitucionais da União e do Estado começarem a diminuir. Mas estamos tomando todas as medidas possíveis para que sejamos capazes de manter a saúde financeira do Município, priorizando sempre os serviços essenciais de saúde, educação e a folha de pagamento dos servidores.

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