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ENTREVISTA: “Enxugando a máquina e sanando problemas”, diz Moacyr

O prefeito de Castro, Moacyr Fadel concede entrevista ao jornal Diário dos Campos e fala sobre as principais ações da sua nova gestão, que completa 10 meses. Confira:

 

 

Moacyr Fadel, prefeito de Castro

Diário dos Campos: Prefeito, já se passaram nove meses de sua gestão. Qual é o saldo até o momento?

 

Moacyr Fadel: Apesar de todas as dificuldades encontradas quando assumimos a Prefeitura em janeiro, podemos considerar que caminhamos para um saldo positivo. Nós pegamos a Prefeitura com uma dívida de R$ 11 milhões, um parque de máquinas sucateado com o maquinário parado por falta de manutenção e de funcionários para operá-lo, as estradas rurais estavam carentes de manutenção, a frota de veículos era alugada, trazendo alto custo para o município e não incorporando nada ao patrimônio público. Outro grande problema estava relacionado ao Hospital Anna Fiorillo Menarim, que atende precariamente apenas com serviços de obstetrícia e com as instalações em péssimas condições, falta de médicos, entre outros problemas. Com tudo isso, organizamos um plano de trabalho, enxugamos a máquina com economia e redução das Pastas e assim, as primeiras dificuldades foram sendo sanadas.

 

DC: Quais ainda têm sido as principais dificuldades que o município vem enfrentando?

MF: Ainda temos dificuldades com pessoal por termos herdado da gestão anterior o índice de pessoal com 57%, o que impossibilita novas contratações. Estamos reduzindo esse índice que atualmente está em 54,4%. Também iniciamos a gestão sem certidões negativas junto aos governos federal e estadual, justamente por conta do índice de pessoal estourado. Essa é sem dúvida, nossa maior dificuldade, mas estamos empenhados em superá-la.

 

DC: E sobre os avanços? O município está conseguindo crescer?

MF: Viabilizamos cerca de R$ 40 milhões que estão sendo investidos em obras de infraestrutura, na readequação do Hospital Anna Fiorillo Menarim, na compra de equipamentos, em asfalto, entre outros serviços. Muitas ações emergenciais de recuperações de estradas foram feitas nesse período. No Interior criamos frentes de trabalho para avançar nos trechos mais prejudicados e também nas vias de escoamento da safra. Temos que priorizar estes trechos, até porque, infelizmente, não contamos com maquinário e pessoal suficientes para atender todo o município. Na cidade, as equipes do Obras também já atenderam mais de 500 quilômetros de vias com serviços de patrolamento, cascalhamento, fresado e tapa-buraco. Já conseguimos readequar a Rua Olegário de Macedo, a rua do Morro, uma das principais vias de ligação centro-bairro. Esse ano também criamos o projeto “Natureza Feliz – Povo Feliz” e retiramos mais de 60 toneladas de lixo e entulho de alguns bairros. Para a Saúde contratamos médicos pediatras, cardiologista e ortopedista para atender na rede básica. Adquirimos uma ambulância com UTI móvel e colocamos em funcionamento mais duas Unidades Básicas de Saúde. Ainda destacamos as reformas de algumas escolas e alguns ginásios de esportes.

 

Ainda temos dificuldades com pessoal por termos herdado da gestão anterior o índice de pessoal com 57%, o que impossibilita novas contratações. Estamos reduzindo esse índice que atualmente está em 54,4%.

 

DC: Em sua campanha para prefeito em 2016, sabe-se que seu grande compromisso como candidato era relacionado ao Hospital Anna Fiorillo Menarim. O que a população pode esperar do hospital?

MF: Sem dúvida. Nós já tivemos um hospital que conseguia atender a população da nossa cidade e de outras também. Tínhamos UTIs e centro cirúrgico em funcionamento. Tudo que um município do porte de Castro precisa. Mas, infelizmente, nos últimos anos a população ficou desamparada na área da saúde. Isso nos entristece, porque é inconcebível que o munícipe não tenha atendimento digno e que o hospital seja tratado com tanto descaso.

Já no início da gestão nos empenhamos para mudar essa realidade. Já foram viabilizados R$ 5 milhões para readequação e compra de equipamentos para o hospital como tomógrafo e raio X digital, serviços esses que não eram oferecidos. Também concluímos o processo licitatório para a administração do hospital, que foi vencido pela Cruz Vermelha do Paraná. Agora em outubro estaremos oficializando a entrega da concessão e das melhorias do hospital para a população. Acredito sem dúvida alguma, que esse é hoje o maior anseio da nossa comunidade.

 

DC: Em sua opinião prefeito, qual é o grande desafio de um gestor municipal?

MF: Fazer cada vez mais com menos, pois a situação do país atinge diretamente as prefeituras. Temos que ser criativos e eficientes para enfrentar isso sem prejudicar a população.

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