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Como lidar com o medo e a ansiedade no início das aulas

Divulgação
Professores podem contribuir criando um ambiente acolhedor e interativo nas salas de aula

Já na primeira quinzena de fevereiro os alunos devem voltar às salas de aula. E é exatamente nesse momento que a tensão aumenta. Muitos estudantes ficam inseguros e ansiosos, pois com esse retorno vêm muitas novidades, novos desafios, colegas, professores e, de repente, uma nova escola, o que pode despertar certo medo. Para auxiliar nesse recomeço, a psicóloga escolar Andressa Sperancetta, do Colégio Bom Jesus, de Curitiba, dá algumas dicas.

“Os pais, os professores e a escola precisam preparar-se para esse momento. Todos têm papel fundamental na volta às aulas. O diálogo é muito importante. Os pais devem apontar os pontos principais, como novos colegas, aprendizado e professores, de maneira positiva. A escola vai preparar atividades que promovam a interação, e os professores devem realizar, em sala de aula, atividades que propiciem um ambiente acolhedor”, observa a especialista.

A psicóloga aconselha ainda que os adultos sejam realistas sobre as possíveis pequenas dificuldades dos primeiros dias. Mas reitera que é importante manter uma visão otimista de como as coisas evoluirão na escola. “Assim como os adultos, a criança com elevada expectativa tem maior possibilidade de ficar frustrada com a realidade. A forma mais adequada de preparar a criança para os primeiros dias de aula é ir ajustando a ansiedade dela para o que mais provavelmente acontecerá. É importante explicar ao filho que ele não é o único que poderá ficar um pouco desconfortável e que os professores se esforçarão para que todos se sintam bem”, explica.

Volta às aulas em cada etapa escolar

•         Educação Infantil – nessa faixa etária, as crianças ainda são muito pequenas, geralmente têm até cinco anos. Portanto, é normal que elas se desacostumem da rotina escolar que levavam antes das férias. Pode ser ainda que estejam indo para a escola pela primeira vez. “É possível que a criança chore e não queira ficar na escola. Nesse momento, é importante que os pais emitam mensagens de segurança, não só por meio da expressão verbal, mas também da expressão facial, e deixem que a escola assuma seu papel”, explica a psicóloga.  Ainda segundo a profissional, aos poucos a criança vai perceber que outras pessoas podem ser responsáveis por cuidar dela e que ir à escola também é legal. “Essa é uma fase importante, pois a criança começa a amadurecer e dar os primeiros passos rumo à independência”, diz.

•         Ensino Fundamental – crianças/adolescentes de seis a 14 anos compõem, em sua maioria, essa fase. Nesse período, é natural que, com a proximidade do fim das férias, os estudantes fiquem ansiosos e inseguros. Para essa faixa etária, é indicado que os pais lembrem que existe esse sentimento e que cada um tem o seu tempo de adaptação. É válido lembrar também a eles que terão um bom desafio pela frente e aprenderão coisas novas, farão novos amigos e terão outros professores.

 

•         Ensino Médio – aos poucos, a ansiedade vai diminuindo, o que é mais comum aos alunos que passam para o 1º ano. “Eles já são adolescentes e conquistaram certa independência. Eles estão mais acostumados com o novo. Ainda assim, a ansiedade é natural. Todos nós, pais e professores, precisamos estar atentos, por mais que se trate de “crianças crescidas”. Principalmente porque, nessa idade, os estudantes tendem a esconder mais os sentimentos”, conta a psicóloga.

 

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