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Produção orgânica: mais do que comércio, uma troca

Localizada dentro da cidade de Ponta Grossa, há mais de sessenta anos a Chácara Maria Emília preserva um dos últimos redutos de mata nativa da região. A propriedade é de Guilherme Bauer, e é nesse local que sua família cultiva uma grande diversidade de produtos orgânicos para venda e consumo próprio.

“A Chácara Maria Emília Produtos Orgânicos é resultado do sonho de construir uma empresa familiar que produza e comercialize alimentos saudáveis, gerando empregos, segurança alimentar e nutricional. Dessa forma, a gente protege os clientes dos malefícios dos agrotóxicos e contribui para a sustentabilidade do planeta”, garante Elisa Bauer, que é filha de Guilherme e trabalha mais com a parte financeira e administrativa da empresa.

“Eu, o Bruno meu irmão, e minha mãe, a Tânia, somos atualmente os sócios da Chácara Maria Emília Produtos Orgânicos. Como é um trabalho familiar, nossas funções são misturadas, porque todo mundo faz de tudo um pouco”.

Ela conta que, para manter a fertilidade do solo e o equilíbrio dos nutrientes através da rotação de culturas, eles trabalham apenas com produtos da época. “Produzimos alimentos na mesma propriedade em que crescemos, do nosso pai, e as colheitas são feitas no dia da entrega, na primeira parte da manhã. Assim os produtos chegam fresquinhos (geralmente até a hora do almoço) na casa ou no trabalho dos nossos consumidores”, explica.

Entre os benefícios desta logística, de optar por distribuir os produtos da estação, Elisa destaca a diversidade de nutrientes e vitaminas presentes nos diversos alimentos, pois ao consumir apenas o que gosta, o consumidor restringe a possibilidade de se alimentar com o que habitualmente não comeria ou o que não conhece. “Além disso, é uma forma de valorizar os produtos regionais, com o fortalecimento da economia local e qualidade do produto (mais fresco do que os provenientes de outras regiões”.

Ainda de acordo com Elisa, uma das partes mais satisfatórias desta forma de trabalho é a aproximação entre produtores e consumidores. Por acreditar que o consumo de orgânicos envolve uma relação de confiança – e que é essencial cada um saber como, onde e por quem são produzidos os alimentos que consome – a família Bauer sempre reforça que os clientes são bem vindos para visitar a Chácara.

“Assim, a entrega torna-se um diferencial do trabalho, que permite uma relação afetiva com o consumidor, permitindo trocas de receitas, às vezes um cafezinho, uma conversa mais profunda, um auxílio ou dica de tratamento natural para algum mal estar, etc. Cria-se um tipo de vínculo e troca que ultrapassa o comercial”, finaliza.

Como funciona?

A entrega dos produtos acontece em três dias da semana (segunda, terça e quarta), de acordo com a região da cidade em que o cliente mora. As cestas, de dois tamanhos, podem ser entregues semanalmente, ou a cada 15 dias. A escolha das variedades é feita pelo cliente.

 

Fábio Matavelli
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