Uma mulher de 47 anos foi internada ontem no Hospital Bom Jesus, em Ponta Grossa, após ser vítima de agressão. Sônia de Fátima Ferreira foi encontrada por populares na linha do trem, na entrada da vila Borato, pouco antes das 8 horas. Equipes do Siate e do Samu socorreram a vítima antes que o trem passasse. Sônia estava com vários ferimentos, inclusive traumatismo craniano.
À tarde, a Polícia Militar foi chamada por familiares da vítima que encontraram o suspeito da tentativa de homicídio no interior da casa de Sônia. Trata-se do ex-companheiro dela um homem de 57 anos , com o qual ela se relacionou por cerca de 20 anos e teve cinco dos seus sete filhos. Ele ficou esperando minha mãe na linha do trem porque ela estava saindo para trabalhar, diz a filha do primeiro casamento de Sônia, Silvia Richter.
Ela conta que a mãe trabalha como auxiliar de cozinha e que desde o dia 19 de abril o suspeito não deveria mais se aproximar de Sônia, devido a uma medida protetiva determinada pela Justiça. Mas, de acordo com Silvia, ele relutava em sair da residência, o que acabou fazendo no último domingo. Ele não queria sair da casa e ela tinha muito medo. Ele é muito ciumento e não queria nem que minha mãe trabalhasse fora, diz a filha mais velha.
A família não tem dúvidas de que foi o ex quem agrediu a mulher e a colocou na linha férrea. Eu e meu marido somos caminhoneiros e, há alguns dias, ele me ligou dizendo que minha mãe tinha morrido atropelada por um trem. Ele já estava planejando isso, conta.
Os policiais acharam o suspeito dormindo na casa. Ele foi conduzido à 13ª Subdivisão Policial (SDP) e permaneceria preso pela agressão contra a ex-companheira (Lei Maria da Penha) e também por desobedecer à ordem judicial. À reportagem do DC, o homem disse que estava arrependido.