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Limpeza de escola por alunos gera polêmica em PG

 

 

Funcionária varre a sala depois da aula da tarde: projeto acontece no período da manhã / Foto: Fábio Matavelli

 

Um projeto desenvolvido desde julho por alunos do Colégio Estadual General Antônio Sampaio, bairro Uvaranas, em Ponta Grossa, com o apoio da direção, tem gerado polêmica. Todos os dias, estudantes do matutino são escalados para fazer algum tipo de limpeza na escola, como juntar papéis de bala e varrer pátio e corredores. Há uma semana, um grupo de seis alunos foi para a escola no contraturno para pintar carteiras.

O diretor do colégio, Luciano Leite, explica que se trata do Projeto Sala Limpa, que visa conscientizar os estudantes a manter os ambientes organizados e sem sujeira. De acordo com ele, a ideia surgiu de um grupo de alunos. Todos os dias, uma equipe de estudantes do 7º e 8º ano percorre as salas depois da aula para verificar como elas estão e vão pontuando. A turma que atingir a menor pontuação, recebe uma espécie de penalidade, que é sugerida e aplicada pelos alunos que conferem o estado dos ambientes. Além da sujeira e organização, o uso de uniforme também conta pontos. A pontuação de todas as turmas é colocada em edital, no corredor da escola. O diretor comenta que a participação nas tarefas é voluntária.

“Humilhação”

No entanto, o projeto desagradou a mãe de uma aluna do 9º ano, que considera “humilhante” as atividades que a filha está desenvolvendo. Ela é da turma que teve as menores pontuações. Segundo a mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, há alguns dias, a adolescente perdeu vários minutos de aula para varrer o pátio após o recreio e juntar o lixo, ao mesmo tempo em que era zombada por colegas. “Eu não quero que a minha filha faça isso. Ela só tira nota boa e está lá para estudar”, afirma.

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