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Chuva forte causa prejuízo na região de Ponta Grossa

Em cerca de 25 minutos de chuva intensa, com vento e granizo, Ponta Grossa viveu momentos de verdadeiro caos na tarde desta quinta-feira (23). O Simepar estimou um índice de até 30 milímetros de chuva nesse período, com ventos que chegaram a 73 Km/h. Foram registrados estragos praticamente em toda a cidade, e alagamentos em diversos pontos. Na região Central, a Rua Ermelino de Leão ficou parcialmente inundada. Alguns veículos que arriscaram passar pela água acabaram ficando no meio do caminho.

Na Rua Afonso Celso uma árvore foi arrancada, e na Fagundes Varela houve queda de muro. Quem tentou passar pela Rua Benjamin Constant, ao lado do Parque Ambiental, se deparou com carros que já estavam flutuando. Diversos pontos da cidade tiveram quedas de energia. Semáforos desligaram e outros foram parcialmente destruídos pelo vento.

 

Fábio Matavelli
Diversas regiões ficaram alagadas

 

Nos bairros, a chuva forte surpreendeu muitos moradores. Uma cratera se abriu no Jardim Conceição, e um trecho da Rua Siqueira Campos ficou intransitável. Na Rua Evaristo da Veiga, Luiz Rafael estava sozinho em casa quando a enxurrada levou um muro e tudo o que estava pela frente, bloqueando as duas portas de saída. “Foi tudo muito rápido. Temos quatro cachorros, e só tive tempo de salvar três”, lamentou o rapaz que ainda teria a difícil tarefa de escoar a água que inundou sua casa, que fica abaixo do nível da rua.

A Escola Municipal Djalma de Almeida César, em Olarias, ficou quase totalmente inundada. Pelo menos 400 crianças precisaram ser transferidas para as áreas mais altas da escola. A Direção desligou a energia elétrica para evitar o risco de choques e decidiu suspender as aulas nesta sexta-feira. Sofreu com a casa alagada e, quando veio buscar o filho pequeno na escola, descobriu que situação não era diferente. “Em minha casa as pedras de gelo quebraram o Eternit. Está tudo alagado”, disse.

 

Danos

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Edson Witek, a destruição foi geral. “Teve queda de árvore, alagamento, destelhamento, queda de muro. Ainda estamos fazendo o levantamento, mas foi na cidade toda”, disse. Durante as chuvas, o telefone do Corpo de Bombeiros ficou congestionado. O do SAMU ficou temporariamente sem funcionar. Polícia Militar, Guarda Municipal e Defesa Civil atuaram em conjunto em todas as regiões da cidade. Mas a chuva foi implacável e colocou em evidência a falta de escoamento em várias localidades. Uma ambulância do SAMU conduzia uma vítima para atendimento quando ficou presa em uma área alagada, nas proximidades do Lago de Olarias. A Defesa Civil ainda está contabilizando o número de famílias desabrigadas e destelhamentos.

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