Uma ação que parecia simples para a retirada de lixo de uma residência, mobilizou diversos órgãos na manhã de terça-feira (21), em Ponta Grossa. Em meio a toneladas de entulhos que estavam armazenados em vários cômodos de uma casa pertencente a uma idosa, de 84 anos, entre sofás velhos, documentos e embalagens, as equipes da Secretaria de Meio Ambiente encontraram um pacote com ossada humana.
A situação mobilizou as equipes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Criminalística e Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. Segundo o diretor do departamento de Saneamento e Recursos Hídricos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Geraldo Kapp, a pasta se comprometeu a realizar a limpeza da residência depois de receber inúmeras denúncias de moradores da região.
“São diversas reclamações sobre a sujeira e o mau cheiro. Por diversas vezes tentamos contato com a moradora, mas não conseguíamos autorização para fazer a limpeza. Atualmente ela mora em um asilo e então recebemos a autorização do irmão dela para entrarmos na residência. Além dos diversos materiais inservíveis, nos deparamos com a ossada que estava no chão do quarto”, relatou.
O irmão da dona da casa, Aureliano Pavlak, afirma que se assustou pela quantidade de entulhos que foram encontrados no local. “Morei aqui por 25 anos e depois mudei de cidade. Minha irmã não permitia a nossa entrada na casa, por isso, não costumava vir aqui. Não tinha conhecimento da situação da ossada e não imaginava que ela morava em meio a tanto lixo”, afirmou.
A Criminalística esteve no local para coletar informações à respeito dos ossos. De acordo com o órgão, a suspeita é de que os restos mortais sejam de uma pessoa mais velha. O IML recolheu a ossada para um exame, que deverá ficar pronto em 30 dias, e irá apontar o sexo e a idade da vítima. O caso também será investigado pela Polícia Civil.
Ao todo, foram lotados três caminhões de lixo, totalizando cerca de quatro toneladas de materiais coletados de dentro da casa. “Nos deparamos com ratos, cobras e escorpiões que saiam daqui. Meus hóspedes por diversas vezes se recusaram a ficar nos quartos ao lado da casa por saber da situação”, disse o empresário Rivadavia Maciel, dono de um hotel na região.
“Essa situação serve de exemplo para que as pessoas não acumulem lixos em suas casas ou que evitem de jogar materiais nos terrenos baldios para preservar o meio ambiente e garantir a saúde da população”, ressaltou Kapp.