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Corte dos juros, PIB, consumo e emprego. O que acontece na prática?

Nessa semana tivemos uma notícia inesperada: corte de 0,75% na Taxa SELIC. O mercado em geral esperava 0,50% devido ao tom moderado dos discursos. No entanto a recessão econômica e a queda da inflação justificaram um corte mais agressivo por parte do COPOM. O que isso representa na economia?

Antes de entrarmos no assunto, outra boa notícia: em novembro o Brasil cresceu. O PIB avançou 0,67% em novembro/16 segundo projeções da FGV. Uma vez que o acumulado trimestral continua em baixa, isso não acaba sendo muita coisa. No entanto representa um ótimo sinal de recuperação para a economia brasileira. Dito isso, vamos ao que interessa:

Com uma taxa de juros alta, o crédito para consumo e investimentos fica muito caro e, por consequência, escasso. Nesse cenário, quem tem dinheirose interessa no investimento em títulos de renda fixa de forma a receber juros pelo capital. Então o dinheiro some de circulação ao invés de estar em economia real (ações, empreendimentos, imóveis, fundos de participação, etc). Com a queda dos juros, a renda fixa e os títulos em geral passam a render menos. Assim, o investimento em economia real passa a ser mais interessante, o que pode trazer geração de empregos e retomada do consumo. Além disso, um juro menor traz um crédito mais barato. Então fica menos arriscado tomar crédito para realizar investimentos.

Então, já que os juros estão caindo e o crédito ficou mais barato, devemos tomar dinheiro emprestado?

NÃO!!!

Os juros caíram somente 0,75%. A expectativa para o encerramento do ano é que a SELIC esteja em 1 dígito. Provavelmente entre 9,25% e 9,75% a.a. Para 2018 ainda são esperados mais cortes, para a casa de 8,5% a.a. Aí sim passamos a ter um cenário propício ao investimento. Com uma inflação estável na casa dos 4,5% e um juro real menor, fontes de financiamento como o BNDES devem ficar mais em conta uma vez que a TJLP (referência dos juros do BNDES) também deve ceder.

Somando isso à PEC do teto de gastos aprovada recentemente e à reforma da previdência em discussão, temos um ganho de credibilidade de longo prazo muito relevante. A economia brasileira além de estar saindo do buraco aos poucos, está desenhando uma retomada da capacidade de investimentos de longo prazo. Não é por menos que o dólar tem se valorizado no mundo todo enquanto perde valor perante o real. O capital internacional está voltando os olhos ao Brasil, isso significa crescimento e retomada do emprego nos próximos anos.

E a compra de Petrobrás?

Aquela nossa compra em Petrobrás chamada aqui na coluna há 2 meses atrás continua firme e forte. Papel rondando a casa dos R$16,00 enquanto compramos em 14,00. Até o momento acumulamos alta de 14% e o objetivo é 29% (R$18,00). Seguiremos acompanhando.

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