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Entendendo uma carteira de investimentos

A principal pergunta que um consultor/assessor de investimentos ouve em toda a sua vida é: Qual o melhor investimento? . E a única resposta decente éo decepcionante: depende! .

Apesar de parecer vaga, a resposta é um resumo de N variáveis que afetam a escolha de um investimento. Seja em imóveis, seja em renda fixa, mercado de ações ou em ativos internacionais, a questão crucial não é qual o melhor investimento e sim qual o melhor investimento para mim nesse momento? .

Antes da escolha, a pessoa deve se atentar ao objetivo do investimento,  tempo e emergências.

O perfil do investidor, ou suitability, é essencial para entender quais ativos você pode ou não ter exposição e assim determinar qual a carteira de investimentos que vai lhe trazer o melhor retorno com o maior nível de conforto. Vamos entender com um exemplo prático:

Joãozinho vai investir R$100.000. Seu objetivo é um investimento previdenciário com prazo de 20 anos e ele não precisa desse valor à disposição. As melhores opções em termos de retorno seriam títulos públicos de longo prazo, debêntures ou ações de boas empresas. Acontece que, se Joãozinho tiver um perfil conservador, nenhum desses 3 títulos é indicado! O Título público de longo prazo é atrelado à índices de inflação e possui grande volatilidade de curto prazo. As debêntures não trarão esse risco se bem escolhidas, mas dificilmente ele conseguirá sair antes do vencimento do título que pode ser superior a 10 anos. E o mercado de ações pode trazer belos sustos e noites de insônia para os perfis conservadores.

Como Joãozinho tem esse perfil, a escolha muda. O ideal nesse caso é uma carteira onde ele tenha pouca exposição em títulos públicos de longo prazo, fundos multimercado ou debêntures (10% a 30% da carteira) e grande exposição em fundos de investimento que tenham títulos públicos de inflação de curto prazo ou ativos de renda fixa sem volatilidade (70% a 90% da carteira). Assim, Joãozinho pode se proteger da inflação (principal preocupação de quem investe para a aposentadoria) sem incorrer em riscos elevados. Como ele tem um perfil conservador, não é indicado a exposição em mercados de ações. Caso o perfil dele fosse moderado ou arrojado, as escolhas seriam diferentes. Portanto, o melhor investimento é sempre aquele que melhor se encaixa aos seus objetivos, disponibilidade financeira e perfil.

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