Lílian Yara de Oliveira Gomes- CRP 08/17889
Creio que ao longo das minhas publicações, já tenha abordado acerca da relação acima colocada, porém constantemente venho me deparando com situações aflitivas em relação à educação e à formação que tal relação desencadeia. “Os avós NÃO devem interferir na educação dos netos.
A responsabilidade pela educação de uma criança é dos pais, e não dos avós!” nos diz Cris Polli. Aponta também que os avós não podem “desautorizar” os pais na frente dos netos, em hipótese nenhuma”.
Muitos pais estão “terceirizando” a educação de seus filhos, deixando-os sob os cuidados de “babás”, da própria escola, dos avós. A vida hoje nos convoca muito ao trabalho, às atividades colaborativas com as finanças e o papel dos pais está ficando enfraquecido: alguns pais nem mesmo conhecem o desenvolvimento escolar de seus filhos, das inquietações acerca da vida, quem são seus amigos. Em algumas situações, a criança solicita, faz “manha” por um “doce” e os avós dizem: “deixa, assim ele pára de chorar!” Não deve, pois quem tem a autoridade sobre os filhos são os pais e essa deve ser feita pelos mesmos, de forma firme e responsável. Não podemos abrir mão dessa autoridade, para que seus filhos se constituam em seres seguros, desenvolvam sua personalidade, passem as fases de desenvolvimento de forma a se “constituírem como sujeitos” integrais, sem ambivalência, inseguranças, etc.
A criança reconhece pais que tenham autoridade: que não significa ser arrogante, soberba, que impõem a autoridade pela força, aquele que bate, que põe de castigo, mas sim aquele que conquista pela “autoridade, firmeza e amor e mesmo que a criança resista vai perceber que a sua autoridade é segura, porque o que os pais disserem será uma autoridade com convicção e com legitimidade: um Não é o Não, um Sim é um Sim, um Depois é Depois, o Agora é o Agora! “A autoridade é conquistada com atitudes firmes e não desautorizadas”. (Cris Polli)
Importante manter a ordem dada, e a criança não terá dificuldade em obedecer, quando os pais exercem a autoridade com convicção e ela aprenderá a obedecer quando sempre os pais são “seguros”, e não berram, não são agressivos e não mudam a “ordem dada”, senão sua decisão e autoridade ficarão comprometidas. (Cris Polli). E, o papel dos avós é de não “desautorizar” esses pais, porque as crianças muitas vezes querem impor seus desejos.
A autoridade, a convicção devem vir com o Amor que os pais devem demonstrar aos seus filhos. E, avós devem respeitar o “jeito de educar” que seus filhos usam na educação de seus netos.
Muitas vezes vamos ouvir: “no meu tempo não era assim!” Porém, temos novos tempos, novos desafios! E, avós amem seus netos, respeitando esses novos tempos!