Querer não é saber
A maioria dos empresários verdadeiramente deseja delegar para seus funcionários boa parte das tarefas que executa. Portanto, o problema não é querer delegar, mas sim SABER delegar. Tenho observado que muitos gestores não sabem a diferença entre delegar e se livrar. Por conta disso, acabam fazendo um processo completamente inverso. Livram-se daquilo que não gostam e centralizam aquelas tarefas que dão prazer. O princípio básico está invertido.
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Fiscalizando cafezinhos
Todo empresário deveria ter em mente que ele também é um funcionário da empresa e como tal colocar o seu talento à disposição dos interesses da mesma. Uma boa sugestão aos empresários é que experimentem fazer o seguinte exercício: a partir do valor total que recebem da empresa, seja como pró-labore, seja como retirada de lucros, determinem o custo de sua hora de trabalho. Em seguida, fica fácil determinar se aquelas atividades que hoje você executa são compatíveis com o seu rendimento. Será que o leitor contrataria alguém para fiscalizar quantos cafezinhos cada funcionário toma na empresa pelo salário que o seu diretor recebe?
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Cuidando do que não interessa
Normalmente, o gestor acaba alegando que tem tempo suficiente para fazer essas atividades consideradas banais. Esse é o segundo erro: além de gastar o seu tempo valioso com atividades de menor importância, o empresário ainda deixa de fazer o que mais a empresa necessita. Delegar não é apenas uma questão de desejo do empresário. É importante que ele tenha noção de que cada atividade deve ser realizada de acordo com o cargo que se ocupa. Resumindo: ao principal gestor da empresa cabe gerenciar os grandes problemas do dia-dia. E quando esses problemas já estiverem solucionados, ele deve deixar que sua equipe faça o resto.
(Luciano Salamacha)