O preço da cesta básica teve uma variação mensal com aumento de 2,09% com altas registradas nos grupos hortifrutigranjeiros, carne e higiene. Com análise do Núcleo de Políticas Públicas Rouger Miguel Vargas (NPPRMV) da UEPG, o índice de março 2017 corresponde à primeira semana de março com a primeira de abril. Neste período, a compra dos 34 produtos que compõem a cesta básica passou a custar R$ 579,83 na primeira semana de abril 17 produtos subiram e 17 caíram. No conjunto de alimentos da cesta, o item que mais aumentou foi o tomate, com 73,75%; e o de maior queda foi o desinfetante com 16,39%.
Considerando-se os cinco grupos que fazem a cesta básica, o que mais aumentou foi o hortifrutigranjeiro com alta de 34,51%. Dentro desse grupo, o produto de maior variação positiva foi o tomate com 73,75%, e os ovos com 5,52% de menor variação positiva. O grupo higiene registra aumento de 2,23% e, dentro deste, o produto de maior variação positiva foi o dentifrício com 10,90% e o produto de maior variação negativa foi o sabonete com 1,39%. No grupo carne com alta de 2,22%, a carne bovina apresentou a maior variação positiva de 2,59%, enquanto o frango ficou com a menor variação positiva de 1, 10%.
Alta e Queda
A queda nos preços tem no grupo limpeza o índice de 5,09% com a esponja de aço como o produto de maior variação positiva (4,15%); e o desinfetante como o de maior variação negativa (16,39%). O grupo alimentação geral teve queda de 1,13% com o sal como o produto responsável pela maior variação positiva de 3,10%; e o óleo com a maior variação negativa (8,61%). A partir das variações aferidas ressalta-se o grupo hortifrutigranjeiros como o de a maior alta (34,51%), e, no grupo, o tomate foi o que mais elevou (73,75%). O grupo de maior queda foi o de limpeza e o produto que ficou mais barato foi o desinfetante (16,39%).
Na análise, a pesquisa considera os valores percentuais da cesta básica sobre os salários com limitação de até cinco salários mínimos. Neste aspecto, verificando-se que o valor da cesta básica é de R$ 579,83, sendo o salário mínimo de R$937,00, a equipe do RMV conclui que uma família com renda mensal de apenas um salário mínimo gastaria cerca de (61,89%) de sua renda na sua aquisição. Relacionando-se famílias de dois, três, quatro e cinco salários mínimos, observa-se que, para a aquisição da cesta básica, o gasto do mês seria, respectivamente, de 30,94%; 20,63%;15,47% e 12,38% de sua renda
A pesquisa caracteriza o consumo básico de alimentação, higiene e limpeza de famílias com três membros em média, com renda de 1 a 5 salários mínimos e residentes em Ponta Grossa. Os pesquisadores do RMV, na análise, observaram que os preços promocionais nem sempre demonstram a realidade. Isso porque alguns produtos foram encontrados mais baratos que em estabelecimentos onde estavam como promoção. A equipe do NPP faz um alerta: o índice da cesta básica (ICB) não deve ser confundido como aferidor de inflação.
Tomate teve a maior variação de preço Foto: Divulgação