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1° semestre é marcado pela importação de industrializados em PG

A importação de produtos industrializados (semimanufaturados e manufaturados) no primeiro semestre deste ano seguiu em alta em Ponta Grossa. Dos US$ 198,59 milhões importados, US$ 170,06 milhões foram de industrializados e US$ 28,52 milhões de básicos.  As aquisições (industrializados e básicos) foram maiores nos meses de janeiro, março, abril e maio, tomando por base os mesmos períodos de 2017.

Já as exportações foram menores ao longo deste ano na comparação com o acumulado (janeiro a junho) do ano passado. Neste primeiro semestre de 2018, por duas vezes a balança comercial ficou negativa, com o montante importado maior que o exportado pelas indústrias locais. Os dados constam no relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Segundo o levantamento, as empresas têm importado, neste ano, principalmente partes e acessórios de veículos automotores; ferramentas pneumáticas, hidráulicas ou de motor (elétrico ou não); motores de pistão, de ignição por compressão e correias transportadoras ou de transmissão, de borracha vulcanizada.

As exportações também são em sua maioria de industrializados, porém o destaque aqui é para o agronegócio. Neste grupo estão o papel (cartão, pasta de celulose e mantas de fibras de celulose), a madeira, soja e açúcares (beterraba e cana).

O delegado regional da Receita Federal em Ponta Grossa, Gustavo Horn, observa que em junho as exportações ficaram bem próximas das importações. Ele lembra que no fim de maio e início do mês passado, aconteceu a paralisação dos caminhoneiros, o que impactou no transporte de produtos. “Houve algumas dificuldades em relação ao transporte; teve muito navio que ia chegar e não chegou ou acabou partindo. É preciso uma série de coisas até fazer rodar novamente a atividade econômica e isto demora um pouco”, comenta.

Em relação às exportações, Gustavo recorda também que algum exportador deixou de fazer a movimentação pelo município, o que levou à queda do volume exportado através de Ponta Grossa. Desta forma, o papel ficou em primeiro lugar nas exportações de junho. “A queda não é nada que nos preocupe. Temos que olhar para frente e para as empresas que estão fazendo a exportação por outro lado”, diz.

Países

No acumulado último, as importações vieram basicamente da China (US$ 36,47 milhões), Paraguai (US$ 26,98 milhões), Alemanha (US$ 21,62 milhões) e Holanda (US$ 17,86 milhões).

As exportações tiveram como destino o Paraguai (US$ 36,68 milhões), China (US$ 27,14 milhões), Argentina (US$ 19,35 milhões) e Coreia do Sul (US$ 17,75 milhões).

 

Superavit comercial cai 17%

O crescimento das importações em ritmo maior que o das exportações fez o saldo da balança comercial brasileira cair no primeiro semestre. Segundo o Mdic, o país exportou US$ 30,05 bilhões a mais do que importou nos seis primeiros meses do ano. O superavit é 17% inferior ao mesmo período do ano passado (US$ 36,21 bilhões).

Depois de fechar 2017 com superavit recorde de US$ 67 bilhões, a balança comercial registrou recuo no primeiro semestre provocado, principalmente pelo desempenho das importações, que cresceram 17,2% pela média diária, somando US$ 83,77 bilhões nos seis primeiros meses do ano. A alta, de acordo com o Mdic, decorre da recuperação da economia, que impulsionou as compras externas, principalmente de bens de capital (máquinas e equipamentos usados para a produção).

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