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5 mitos sobre a vacina

A disseminação de notícias sobre os riscos da vacinação pode ser um dos principais fatores que colocou o Brasil abaixo da meta de imunização por diferentes tipos de doenças. Informações divulgadas em sites e redes sociais mostram os malefícios de tomar a vacina, principalmente a que protege do vírus da Influenza (H1N1).

A situação tem gerado preocupação por parte do poder público já que a baixa procura pela imunização pode trazer retrocessos. Algumas doenças que já haviam sido erradicadas no país podem voltar a atingir a população, à exemplo do sarampo.

"Muitos mitos sobre as vacinas estão sendo disseminados na internet, como efeitos colaterais, desenvolvimento de doenças em crianças, morte súbita, entre outras questões. Mas nada disso é verdade. Ao mesmo tempo que as redes sociais são uma forma de acesso fácil, é preciso estar atento e certificar quais são as fontes que propagam informações falsas", explica Cláudio Silveira Filho, médico de família e geriatra da Unimed.

Segundo o profissional, os medos gerados pelas falsas informações, além de reduzir o número de imunizações, pode provocar a volta de doenças que já estão erradicadas no país. "A poliomielite já vitimou muitas crianças no passado e a vacinação foi um fator muito importante para o controle dessa doença. No entanto, muitos pensam que por ela já estar erradicada não é mais preciso tomar a vacina. Pelo contrário, a vacina é segura e vai manter esta erradicação", destaca o especialista.

A enfermeira Vera Rita da Maia, da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, lembra que o sarampo é uma das doenças que também já estava erradicada no Brasil, mas que já se manifestou novamente. "Não tomar as vacinas pode causar surtos e epidemias de doenças que já estavam controladas. Em São Paulo, por exemplo, já foram registrados casos de sarampo neste ano", lembra.

Gripe

O Paraná ainda está abaixo da estimativa da campanha de vacinação contra a Influenza 2019. Com 70% de cobertura, até o momento, o governo do Estado busca incentivar o público-alvo da campanha a procurar pela imunização. Mitos sobre a vacina contra a gripe também causaram medos na população.

"Um dos mitos que costumamos ouvir muito é com relação à vacina da gripe. Informações falsas divulgaram que a vacina seria uma manobra do governo para reduzir o número de idosos no país, fator que causou certa resistência por parte da população", lembrou o geriatra Cláudio.

Outra preocupação é de que ainda é grande o número de gestantes e crianças que precisam ser imunizadas. O medo de muitas grávidas se dá por informações de que a vacina da gripe poderia prejudicar o bebê. "O mito de que a vacina poderia causar autismo nas crianças também deixou muitos apreensivos", disse Vera.

Gestantes e crianças ainda precisam ser vacinadas contra a gripe. (Foto: José Aldinan)

 

Efeitos

Ainda segundo Silveira Filho, efeitos relacionados à vacina da gripe são muito raros. "Os principais efeitos colaterais podem ser um desconforto na região do braço, onde a dose foi aplicada, leve dor no corpo, espirros e tosse leve que duram por cerca de dois a três dias. É importante destacar que a vacina não tem a capacidade de desenvolver o quadro da doença. A reação é a uma forma de mostrar que a dose está agindo no organismo", apontou.

Informe-se

Em caso de dúvidas, é fundamental orientar-se nas Unidades Básicas de Saúde e profissionais de saúde. "Precisamos nos orientar da forma mais correta. Por isso a importância de conversar com um médico ou com os responsáveis pelas salas de vacinação nas unidades para receber orientações e esclarecimentos", finalizou o médico.

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Conheça 5 mitos sobre a vacina

1) As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e podem ser fatais.

Mito: As vacinas são muito seguras. A maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados.

2) A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra a poliomielite causam a síndrome da morte súbita infantil.

Mito: Não há relação causal entre a administração de vacinas e a síndrome da morte súbita infantil, também conhecida como síndrome da morte súbita do lactente.

3) As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar.

Mito: Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Esses agentes podem atravessar fronteiras e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida.

4) A influenza é apenas um incômodo e a vacina para a doença não é muito eficaz.

Mito: A influenza é uma doença grave que mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano em todo o mundo. Mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas idosas com pouco acesso à saúde e qualquer um que possua uma condição crônica estão em risco mais elevado para uma infecção severa, que pode levar à morte.

5) Vacinas causam autismo.

Mito: Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou.

Fonte: www.blog.saude.gov.br

 

 

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