Nicoly França e Maria Fernanda Teixeira praticam a moda consciente no seu dia a dia há muitos anos e decidiram popularizar seu estilo de vida através da internet. Logo depois de terminarem o curso de Jornalismo, resolveram iniciar um canal no Youtube para conversar sobre algo que já era realidade na vida delas, a moda consciente. Pensamos em falar da moda de um jeito mais próximo do público e falar de algo que a gente mesmo vivia, então escolhemos falar da moda de uma maneira mais alternativa, simples e consciente, conta Nicoly.
O segmento de brechós é crescente na cidade. Maria Fernanda conta que além dos bazares de bairro e beneficentes, existem lojas no centro da cidade. Alguns não tem uma seleção muito criteriosa das peças, porém procurando com tempo e com calma é possível encontrar coisas incríveis.
No entanto, nem tudo são flores quando o assunto é ser um consumidor consciente. Nicoly explica que não é fácil, pois é necessária uma mudança total de hábitos de consumo. No começo, eu senti mais dificuldades para parar de comprar em lojas de departamento, por exemplo, mas agora é muito mais divertido e prazeroso praticar a moda consciente, afirma.
Alternativas
Porém, apesar das dificuldades, Maria Fernanda e Nicoly afirmam que é muito prazeroso consumir de maneira consciente e deixam como dica para aqueles que desejam aderir a este estilo que, primeiramente, se conheçam, entendam que roupa realmente gostam e como está seu guarda-roupa e, por fim, conheçam mais as lojas de moda consciente que tem na sua cidade, pode ser brechó, bazar, produtores e comerciantes locais, pense que quem ganha com tudo isso é o seu estilo que fica mais fortalecido, seu bolso que gasta menos dinheiro o meio ambiente os trabalhadores da indústria da moda, comentam.
Customização valoriza e dá novo sentido a roupas e objetos
Atenta também a este mercado, a designer de moda Amanda Riquerme iniciou, juntamente com a mãe, um empreendimento voltado ao consumo consciente em Ponta Grossa. Trata-se de uma Maison, onde é possível customizar e restaurar móveis e roupas. Nossa ideia é criar a consciência e um espaço colaborativo para as pessoas desenvolverem e criarem suas próprias coisas, explica Amanda.
Além de se dedicar à Maison, Amanda trabalha como consultora em algumas empresas têxteis, desenvolvendo o cronograma, planejamento, desenvolvimento e apresentação de coleções. Ela cota que tenta levar o senso de consumo consciente para início da cadeia, ou seja, para as fábricas.
Tentamos comprar tecidos nacionais, onde conhecemos a produção e a procedência, reutilizar matérias-primas de uma coleção para outra e principalmente a reutilização da água, finaliza.
*João Filho é aluno de Jornalismo da Secal e faz parte do projeto realizado em parceria com o DC, que cede espaço aos alunos para publicação de suas reportagens no jornal.