em

Ação de PG para bailarinos com deficiência ganha a Alemanha

Mais do que um projeto de inclusão social, o Encontro Para-Dançar é uma iniciativa que valoriza e revela o talento de artistas da dança que tenham alguma deficiência física ou intelectual.

A ação, idealizada pelo produtor e bailarino Jorge Schneider e promovida pela Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra (ABABTG), já teve três edições em Ponta Grossa com a participação de grupos e bailarinos de diversas regiões do Brasil. A repercussão deste trabalho ultrapassou as fronteiras nacionais em 2019, dando oportunidade a participantes do Para-Dançar de compartilharem as suas experiências e produções com o público alemão e artistas europeus no evento Tanz Begegnungen, realizado de 4 a 7 de abril em Karlshure.

O intercâmbio internacional faz parte da quarta edição do Encontro Para-Dançar. Em 2019, além da temporada na Alemanha, o evento ampliará a sua atuação com atividades em Ponta Grossa e, desta vez, também em Curitiba. Apresentações, oficinas e debates estão previstos para a programação, que é voltada a dançarinos, professores, coreógrafos, empreendedores, profissionais da saúde e aos que trabalham e incentivam a dança realizada por essas pessoas. 

Para a Alemanha, viajarão os bailarinos Marcos Abranches, Edu O. e a Cia Gira Dança. Marcos tem deficiência física, paralisia cerebral, dançarino e coreógrafo, que já participou de diversos eventos e festivais de dança no Brasil e no exterior. Edu também tem deficiência física, é professor da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com mestrado em dança e cursando doutorado. É pesquisador no grupo de pesquisa Processos Corporeográficos e Educacionais em Dança (Proceda). A Cia Gira Dança, de Natal, é uma companhia de dança contemporânea com mais de 10 anos de história e a proposta artística de ampliar o universo da dança utilizando o conceito do corpo diferenciado.

Parceria

A viagem desses profissionais foi possível graças à parceria consolidada entre a ABABTG e as alemãs SoloConnection e Internationales Solo-Tanz-Theater Festival Stuttgart. “As nossas iniciativas não visam promover qualquer tipo de ação humanitária, mas sim integrar e desenvolver as potencialidades desses artistas. A dança inclusiva acontece no mundo desde a década de 60 e há muitos bailarinos para os quais deseja-se oportunizar um espaço para criar convívio, ampliar sentidos e partilhar poéticas. A viagem para a Alemanha surgiu como resultado desse trabalho”, comemora o produtor Jorge Schneider.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.