O balanço anual divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou que o ano de 2018 fechou com a redução de 30% no número de acidentes na região dos Campos Gerais em relação a 2017. Em 2018, foram registrados 863 ocorrências, número 30% menor se comparado a 2017 quando foram registrados 1224 acidentes.
Embora o número de óbitos tenha subido 5,6%, 94 mortos em 2018 contra 89 em 2017, o número de feridos também sofreu uma redução considerável, diminuindo de 1153 em 2017 para 957 em 2018, o que representa 17% menos feridos.
Três acidentes com múltiplos óbitos contribuíram para o crescimento no número de mortos, à exemplo de um acidente envolvendo ônibus na região de Candói, quando oito pessoas perderam a vida. Outro acidente em Rio Azul também resultou na morte de cinco pessoas. Ainda na região de Candói uma colisão resultou em quatro vítima fatais.
Segundo a PRF, as equipes trabalham para a redução cada vez maior desses números, direcionando fiscalizações, principalmente de radar, ultrapassagem e alcoolemia para os locais com os maiores índices de acidentes graves.
"Como a redução dos acidentes e da gravidade deles é um trabalho que passa, além da otimização, da fiscalização e da melhoria na infraestrutura das rodovias, pela conscientização dos motoristas, a PRF orienta a quem está dirigindo que respeite as normas de trânsito, nunca dirija sob o efeito de bebidas alcoólicas, evite manobras de ultrapassagens indevidas, mesmo em locais permitidos e fiquem atentos aos limites de velocidade da via. Se todos colaborarem, faremos um trânsito mais seguro", orientou a polícia.
Paraná
No Paraná, a PRF registrou uma queda de 20,1% das mortes ao longo de 2018. O total de óbitos caiu de 613, em 2017, para 490 no ano passado. O número é o mais baixo desde o início da série histórica, em 2010.
O total de pessoas feridas passou de 9.461 para 8.108, uma redução de 13,5%. E o de acidentes atendidos pela PRF no estado caiu 26,6%, de 10,6 mil para 7,8 mil.
Pela primeira vez, nos últimos nove anos, o patamar de mortes ficou abaixo de 500. Até então, o ano menos violento havia sido o de 2015, quando 583 mortes foram contabilizadas. O pico de vítimas mortas ocorreu em 2012 (855).
Acidentes fatais
As principais causas dos acidentes que resultaram em vítimas mortas no ano passado foram falta de atenção do condutor (25,7% das mortes); falta de atenção do pedestre (17,8%); velocidade incompatível (15,5%); desobediência às normas de trânsito (15,5%); ingestão de álcool (4,9%); e ultrapassagem indevida (3,1%).
As colisões frontais responderam por 27,3% das mortes, seguidas pelos atropelamentos (24,5%). Juntos, esses dois tipos de acidente representaram, portanto, mais da metade dos óbitos registrados.
Duas a cada três mortes ocorreram no período noturno, durante o amanhecer ou anoitecer. A maioria das mortes ocorreu em situação de pista seca (87,1%) e em trechos de reta (72,9%).
Os trechos de pista simples concentraram 56,7% das mortes. Condutores ou garupas de motocicletas foram 17,4% das vítimas; ciclistas, 6,8%. A cada cinco mortos, quatro eram homens. Crianças de zero a 11 anos de idade foram 2,5% das vítimas mortas. Adolescentes, 3%. Idosos com mais de 60 anos, 13,9%.
Imagens: PRF