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Acipg discute implantação de ônibus para mulheres 

Durante reunião da diretoria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) realizada no início desta semana, o vereador George de Oliveira (PMN) explicou sobre o projeto de lei 296/2018, que propõe implantar o Ônibus Rosa, somente para mulheres, em Ponta Grossa. De acordo com o projeto, a intenção é garantir maior segurança e conforto para as mulheres no transporte coletivo, com carros exclusivos, evitando que as usuárias sofram assédio físico e moral dentro dos veículos, principalmente quando os ônibus estiveram lotados. 
Durante o encontro, diretores da Acipg questionaram a viabilidade do projeto; George, por sua vez, garantiu que a diferença na execução do serviço não impactará na planilha do transporte coletivo. 
George comenta que já ouviu críticas referentes a proposição, porém, garante que a proposta de lei foi amplamente estudada antes de ser protocolada. Ele comentou que foi até Goiânia para ver a proposta em funcionamento, e citou o exemplo de um vagão exclusivo no metrô em Belo Horizonte. “Já em Recife, temos um exemplo que não deu certo por falta de fiscalização”, salienta o vereador. Segundo ele, em pesquisa realizada por sua equipe dentro dos terminais de ônibus de Ponta Grossa, 67% das mulheres concordaram com a medida.
O vereador comenta que a  proposta quer levar mais tranquilidade para as mulheres e para as crianças. “Já chegou em Ponta Grossa a falta de respeito, casos foram relatados para nós e nas delegacias de polícia da cidade”. Segundo George, os ônibus serão identificados e seu uso será opcional para as mulheres, mas restritivo aos homens. 
Embora tenham feito elogios pela intenção, alguns diretores questionaram a viabilidade da implantação da ferramenta, tanto pela questão econômica, quanto educativa. Para o vice-presidente da Acipg, Estefano Stemmer Júnior, a medida pode refletir de maneira negativa para crianças e jovens, a partir do momento que se tem que separar homens de mulheres, por falta de respeito de alguns homens. “Entendo que o ideal seria realizar campanhas educativas para conscientizar a população sobre o assunto, como também a lei ser mais rigorosa em casos de assédio”, explica. 
Já o presidente da Acipg, Douglas Taques Fonseca, aponta que outro fator que preocupa a entidade seria o quanto a medida iria impactar na tarifa de transporte coletivo municipal. “A Acipg entende como válido o debate, mas temos que saber o quanto iria impactar no preço da passagem para o usuário”, salientou Fonseca. 
George garante que a proposta de lei não prevê o aumento da frota, mas utilizar parte dos ônibus devidamente caracterizados e disponibilizados apenas para o público feminino. “A intenção é aprofundar os estudos de impacto e realizar uma audiência pública sobre o assunto para discutir a viabilidade da proposta com a população”, salienta o vereador.

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