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“Agricultura ajuda muito na recuperação da economia”, diz Ortigara

O Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, discorreu sobre como foi o ano passado para a agricultura do Paraná e explica que o primeiro semestre de 2017 foi a melhor safra da história, tanto do Paraná como do Brasil, inclusive com alta qualidade e preços razoáveis. Ortigara fala que o saldo brasileiro fecha acima de US$ 70 bilhões e consolida US$ 1 trilhão no superávit comercial em 20 anos, sendo que o Paraná participa 13% desse esforço.

Porém, a repetição deste fato se complica pelo tempo instável, seca e geada, por exemplo, queacabam prejudicando a produtividade de cereais de inverno, como trigo, aveia e cevada, fazendo com que ocorra um retardamento das safras 2017/2018, pois começou em condições negativas. “De qualquer forma é preciso ter orgulho das safras que estamos cultivando e que permite pensar acima de 23 milhões de toneladas na safra de primavera/verão e foi uma safra boa que não deve se queixar, mas não temos expectativas que seja melhor que anterior”, diz.

                Em relação a crise econômica, ele descreve que claramente impactou no bolso e isso afetou o consumo de bens supérfluos, ou seja, que não são essenciais para viver.  Ortigara enfatiza que a crise sempre é ruim, pois tira oportunidade e prejudica o conjunto da renda e consumo. “O Paraná teve bons investimentos, caiu menos que o Brasil e cresce mais que o Brasil, estamos retomando aos poucos o consumo e a agricultura ajuda muito nisso, para um melhor funcionamento da economia”, afirma. Em sua trajetória profissional, ele observa que são períodos de muito trabalho e que a agricultura recebeu uma qualificação e melhor preparo do agricultor, fruto do trabalho coletivo e do apoio que o estado oferece, por meio de programas, por exemplo. “Nesse período recebemos investimentos rigorosos na agroindústria, disparamos na exportação e nos tornamos o segundo maior produtor de leite do brasil e ainda seremos o primeiro produtor de suínos do país. O Paraná se tornou peça fundamental de vários setores do Brasil”, realça.

                Quando questionado sobre o que o paranaense pode esperar de 2018, Ortigara responde que o clima instável é o grande fator que reflete nas safras, já que a agricultura é feita a céu aberto e corre esses risos, mas, ele deixa claro que há muito que comemorar eque se deve sempre tomar decisões firmes em relação ao agronegócio, uma vez que a atividade rural é essencial para a economia do Paraná e do Brasil.

Assistência

Durante a entrevista, Ortigara dá ênfase em como é importante oferecer incentivo e assistência para que os produtores. O programa chamado Pró-Rural, proporciona desenvolvimento e renda para produtores da região Central do Estado. Atualmente são 132 municípios beneficiados, com capacitação de agricultores, regularização fundiária, aquisição de patrulhas rurais para melhoria de estradas rurais e projetos de agroindustrialização. A estimativa é que até 2019 serão R$150 milhões aplicados no programa. O Pró-Rural tem como objetivo desenvolver regiões agrícolas em condições de vulnerabilidade e começou a ser implantado em 2015 para eliminar desigualdades regionais. Já foram 50 mil produtores rurais capacitados e cerca de 3 mil ações de regularização fundiária. Outro foco do programa é agregar valor à produção do campo, até o fim de 2018 serão 41 projetos beneficiados, segundo a Secretaria da Agricultura. Uma das iniciativas apoiadas está sendo implantada na zona rural de Guarapuava.

Programa Microbacias

Em torno de 16 mil propriedades paranaenses foram beneficiadas pelo Programa de Gestão do Solo e Água em Microbacias, promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, com apoio dos municípios e financiamento do Banco Mundial. Entreos anos de 2014 e 2017, o governo estadual firmou 163 convênios com os municípios para a adoção de boas práticas para a preservação do solo e da água, e assim evitar erosões e a contaminação de microbacias que são usadas no abastecimento de água. O investimento foi de R$ 28,3 milhões nas ações, que incluem atos como a conservação de solos com terraceamento, construção de abastecedores comunitários para pulverizadores e proteção de fontes de água. Ortigara esclarece que há várias práticas agronômicas para essa conservação, sendo o solo e a água de extrema importância para que a produção do agricultor tenha sucesso.

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Secretário destaca que é preciso ter orgulho das safras que cultivamos (Arquivo)

 

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