Representantes do Sindicato dos Taxistas de Ponta Grossa estiveram reunidos com integrantes da prefeitura de Ponta Grossa, no mês passado, apresentando algumas demandas necessárias à continuidade do serviço de táxis no município. De acordo com o presidente do sindicato, José Carlos Dobginski, a chegada dos serviços de aplicativos em Ponta Grossa (entre os quais o Uber foi o primeiro a operar, em abril de 2017), fez reduzir a demanda pelo serviço dos táxis em cerca de 95%, o que exige mudanças no atual sistema de trabalho da categoria.
“Todos precisam trabalhar, e fomos expor nossa dificuldade junto ao prefeito. A proposta que nos fizeram foi bastante positiva: criar um aplicativo exclusivo para os táxis de Ponta Grossa”, diz Dobginski. Segundo ele, a prefeitura, através da Secretaria de Administração e Recursos Humanos e da AMTT, sugeriram a criação do sistema, além de priorizar o uso de táxis pelo servidores municipais em atividades externas.
“Por enquanto, o que temos é uma concorrência desleal com os serviços de aplicativos. Fomos pedir um socorro, e esse aplicativo para táxis permitiria que a população acionasse nossos serviços de forma mais ágil e com um preço diferenciado”, comenta Dobginski, acrescentando que ainda será preciso ajustar detalhes sobre tarifas a serem aplicadas e plataforma a ser utilizada. A proposta deve exigir a abertura de um procedimento licitatório, mas os taxistas contam com a implantação do sistema nos próximos meses. O DC entrou em contato com a assessoria da prefeitura, mas não obteve retorno da AMTT nem da secretaria de Administração a respeito da proposta debatida com os taxistas até o fechamento desta edição.
Regularização
Conforme levantamento da AMTT, divulgado pelo Diário dos Campos no início deste ano, 33% dos táxis estava circulando sem licença para a atividade, porque houve atraso nas regularizações. Segundo o sindicato, o motivo para isso foi o desequilíbrio financeiro dos taxistas, diante das mudanças no atual sistema. “Temos normas federais que exigem a entrega de todos os documentos de uma vez só. O EAR [Exerce Atividade Remunerada] é um deles. Muitos profissionais ficaram impossibilitados de pagar tudo que é exigido, e estamos contando com o aplicativo para melhorar essa situação”, esclarece Dobginski. Os taxistas pediram um novo prazo para apresentar os documentos, mas ainda não tiveram retorno do município a esse respeito.