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Área destinada ao feijão encolhe 34% na região

A cultura do feijão da primeira safra 2018/19 já supera os 80% da sua área plantada no Paraná. As chuvas de outubro atrapalharam os trabalhos de implantação das lavouras em praticamente todas as regiões do estado e, segundo o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Carlos Alberto Salvador, o tempo instável das últimas semanas de outubro gerou inquietação nos produtores.
Apesar do excesso de umidade ter ocasionado aumento de doenças e pragas em pontos isolados, 79% das lavouras se encontravam, no final de outubro, em boas condições, 20% em condições médias e apenas 1% em condições ruins.
A estimativa de produção para a safra 18/19 é de 329 mil toneladas em uma área semeada de quase 167 mil hectares no estado. 

Região
Relatório do Deral aponta que nos 18 municípios atendidos pelo núcleo regional da Seab em Ponta Grossa, a área destinada à primeira safra de feijão 18/19 está estimada em 32.610 hectares, 34% menor que a destinada à primeira safra 17/18, quando quase 47 mil hectares foram destinados à cultura. Com área menor,  a estimativa de produção também diminuiu: na safra 18/19, a previsão é que sejam colhidos 71.742 toneladas, contra as mais de 77 mil toneladas colhidas na primeira safra 17/18. Por outro lado, a Seab estima que o rendimento nas lavouras fique superior, chegando a 2.200 quilos por hectare, 33% a mais que a produtividade registrada na safra 17/18, quando chegou a 1.658 quilos por hectare. 
Em todo o Paraná, a redução da área plantada foi de 14%, caindo de 194.137 hectares plantados na safra 17/18 para  166.644 na safra 18/19. Segundo o economista do Deral, do núcleo regional da Seab em Ponta Grossa, Luís Alberto Vantroba, a diminuição da área destinada ao feijão deve-se a três principais motivos. “Primeiro deve-se ao preço do feijão, que está muito baixo, especialmente levando em conta os custos de plantio. Associado a isso, estão as frustrações das últimas safras, que foram afetadas pelas condições do tempo. Assim, muitos produtores deixaram de plantar feijão e investiram em outras culturas, como soja e milho”, frisa. 
Comercialização 
Relatório do Deral mostra que até o final de outubro, 98% da segunda safra de feijão 17/18 já foi comercializada; a colheita em todo o estado foi concluída em julho.  “O feijão tem como característica a deterioração com  maior facilidade. Assim, após a colheita, os produtores não podem esperar muito para vender o produto”, explica Vantroba.

Mercado 
Os preços do feijão de cor recebidos pelos produtores paranaenses no início do novembro giravam em torno de R$ 90 a R$ 105 a saca de 60 kg. Já o feijão preto, que no Paraná corresponde a cerca de 60% da área plantada, era comercializado com preços que variavam de R$ 120 a R$ 130 a saca de 60 kg.“O preço do feijão preto não está tão baixo, mas os produtores consideram que, levando em conta os gastos com a cultura, a saca do feijão carioca deveria girar em torno de R$ 120”, completa o economista. 
 

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