Mesmo os últimos dois anos tendo sido marcados por uma forte recessão da economia nacional, Ponta Grossa segue com uma arrecadação federal positiva, devendo novamente ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão. De janeiro a julho, foram arrecadados somente no Município mais de R$ 750 milhões, através de tributos fazendários e previdenciários.
Segundo o delegado regional da Receita Federal do Brasil, Gustavo Horn, os números da arrecadação representam bastante a realidade do Município, considera. E isto, segundo ele, mesmo o movimento econômico de outras cidades refletir aqui quando a matriz de uma empresa está em Ponta Grossa e vice-versa.
O delegado observa que, de modo geral, a arrecadação nominal (sem descontar a inflação) nos últimos anos vinha numa linha constante de crescimento, a exemplo da Previdenciária. Subiu um pouco em 2015 e deve ter resultado similar em 2016, subindo em termo nominal, mas caindo quando considerada a inflação, avalia.
No caso do Programa Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o delegado lembra que houve algumas arrecadações excepcionais em 2015, o que fez com que o PIS subisse, enquanto a Cofins caísse. O PIS e a Cofins significam bastante como está o faturamento das empresas, então o nosso comércio, por estes números, têm sofrido bastante. Não é um pequeno acréscimo do PIS que compensará o deficit que houve na Cofins, observa.
Economia
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também reflete diretamente na economia. O montante arrecadado com o imposto, em 2015, caiu, no entanto o tributo continua sendo um dos mais expressivos.
Massa salarial é relativamente estável
Com o Imposto de Renda (pessoa física, pessoa jurídica e retido na fonte) a delegacia da Receita Federal arrecadou, em Ponta Grossa, em 2015 o equivalente a R$ 314,05 milhões. Neste ano, até julho, foram R$ 214,63 milhões.
Através do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) foram R$ 57,02 milhões no ano passado e R$ 39,81 milhões até julho atual. Este imposto seguiu uma trajetória razoável juntamente com a contribuição previdenciária, então podemos interpretar que a massa salarial ficou relativamente estável, não havendo grande prejuízo nas remunerações das pessoas, comenta.
Por outro lado, ele observa que a lucratividade das empresas começou a baixar em 2015, o que reflete um ano difícil para a atividade econômica. Para 2016, se espera um aumento nominal, mas ainda deve ser abaixo da inflação, avalia.