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Aumento de casos de dengue deixa PG em alerta

O aumento de casos de dengue, registrados neste ano, em Ponta Grossa, tem deixado a cidade em alerta. Dados da Fundação Municipal de Saúde apontam que, de janeiro até a metade de outubro, já foram registrados 16 casos da doença. Destes, sete foram autóctones, ou seja, contraídos no próprio município e os demais em outras regiões.

De acordo com o veterinário, Leandro Inglês, coordenador do Controle de Zoonoses de Ponta Grosa, o número é bastante preocupante, visto que após o surto da doença em 2016, em que foram contabilizados 52 casos – 24 autóctones e 28 importados -, os anos seguintes, 2017 e 2018, não registraram números expressivos. Em 2017, não houve casos na cidade e, em 2018, foi apenas um.

"Não há uma justificativa certa para este aumento. Esperávamos mais casos nos anos subsequentes a 2016. Intensificamos as ações preventivas e de orientação para a população que foram muito importantes para controlar os casos. No entanto, em 2019, registramos um aumento e isso por conta de que a população não tomou o devido cuidado, por estar tranquila quanto aos casos, e começou a baixar a guarda, sem se dar conta de eliminar os possíveis criadouros do mosquito", disse Inglês.

A chegada do verão, segundo o coordenador da Zoonoses, também indica um período chuvoso, fator preocupante para o aumento de recipientes com água parada. "A partir do aumento das temperaturas, há um grande índice de chuvas. Mas os cuidados devem ser o ano todo para evitar estes problemas no verão", apontou Leandro.

Ainda há a suspeita de que mais casos da doença sejam confirmados até o final deste ano. "Agora nós sabemos que temos o mosquito no município e que ele está contaminado, fator que pode favorecer o surgimento de mais casos, assim como ocorreu em 2016".

Mesmo que não esteja em uso, as piscinas devem estar sempre limpas e tratadas com cloro. (Foto: José Aldinan)

 

Agentes de endemias

Ponta Grossa conta com uma equipe formada por 60 agentes de endemias que percorrem as residências para orientar os moradores e verificar se existem focos do mosquito nos quintais e evitar que as larvas do mosquito Aedes aegypti se criem.

"Contamos com uma equipe reduzida, mas o trabalho é o mesmo realizado o ano todo, onde as equipes trabalham com o levantamentos, realizam vistorias nas casas, viram reservatórios e cobrem aqueles que não podem ser retirados do lugar, além de tratar cada local com o larvicida", comenta Leandro.

O setor de Epidemiologia conta ainda com um trabalho conjunto com as equipes de Vigilância em Saúde e com a assistência básica nas Unidades de Saúde. "Aos moradores pedimos que deixem os agentes entrarem em suas residências para eliminar os focos do mosquito", aponta Inglês.

Casos

Os casos mais graves costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), imuno-suprimidos, pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.

No entanto, a orientação é que todos busquem atendimento de saúde logo que apresentem os primeiros sintomas: febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral.

Denuncie

Denúncias sobre locais que possam propiciar criadouros para o mosquito da dengue podem ser repassados para os telefones 156 da Prefeitura Municipal ou para (42) 3901-1485.

 

 

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