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Aumento na produção de álcool em gel será possível com substituição de insumos estudada por empresa de Telêmaco Borba

Desde o início da pandemia de COVID-19 uma das medidas mais lembradas como estratégias para combater a disseminação do novo coronavírus é a utilização de álcool em gel para higienização das mãos. No entanto, um dos principais componentes para a fabricação do produto é importado e se torna cada vez mais difícil de ser encontrado no Brasil.

Pensando nisso, a empresa IOTO, em conjunto com a Amtex, está trabalhando para encontrar uma substituição ao insumo importado. A pesquisa está sendo realizada com apoio do Instituto Senai de Tecnologia em Papel e Celulose, localizado em Telêmaco Borba, por meio da chamada Saúde Tech, lançada em parceria com o Governo do Estado e com a Fundação Araucária. 

"Com a pandemia, a demanda por álcool em gel aumentou significativamente. O espessante utilizado na formulação do produto é o Carbopol (Carbômer 980), que por ser importado, está com baixíssima oferta no mercado e com preço bastante elevado em razão da alta demanda", explica Adriane Queji de Paula, coordenadora do IST em Papel e Celulose. "A proposta do projeto é substituir parcialmente ou integralmente o Carbopol na formulação de álcool em gel com um novo espessante, viável economicamente", completa.

Com isso, a IOTO pretende "ofertar alternativas de maior disponibilidade e mais economicamente favoráveis na produção de um produto indispensável no combate ao Novo Coronavírus", como afirma Marcel Astolphe, diretor-geral da IOTO. Ele ainda chama a atenção para o fato de o projeto atingir âmbitos sociais, econômicos e tecnológicos. "Por meio da validação do uso de matérias-primas de grande disponibilidade no Brasil, geram-se novas tecnologias de estabilização de géis, aumentando a oferta e competitividade do mercado.

Consequentemente, novas empresas podem vir a aderir à fabricação do álcool em gel como alternativa econômica e, por fim, disponibilizarem esse produto essencial", analisa. "Vale ressaltar que a escassez de matérias-primas no mercado é um fenômeno mundial e essa alternativa pode ser grande objeto de desenvolvimento econômico para o país, seja pelo aumento direto de exportações, como também da necessidade de compras no mercado interno."

Para complementar o estudo, o projeto ainda conta com a participação da Amtex, empresa colombiana que há mais de 50 anos ocupa o papel de liderança do mercado Latinoamericano na fabricação de  Carboximetilcelulose (CMC), um dos insumos que podem substituir a matéria-prima utilizada na fabricação de álcool gel. "Desde que a pandemia teve início, recebemos inúmeras solicitações de clientes à procura de uma das matérias-primas necessária para a fabricação de álcool gel.

A cadeia de suprimentos não foi capaz de responder, em tempo hábil, à nova demanda  gerada, ocasionando a falta do produto final no mercado. Produto este que, rapidamente, se mostrou  essencial ao combate do Coronavirus. Frente a este cenário,  o mercado de ingredientes  global começou a pesquisar alternativas", comenta Ana Nikolaus, Gerente Geral da Amtex no Brasil.

E, com isso, vieram os desafios tecnológicos. "Tivemos conhecimento desse projeto, que é uma iniciativa de grande importância social  devido à sua rapidez na busca de soluções para atender essa demanda e apresentar uma alternativa à indústria e ao consumidor final em um curto espaço de tempo", completa Ana Nikolaus.

O CMC é hoje utilizado em uma grande variedade de segmentos, como alimentício, farmacêutico, construção civil, nutrição animal, entre outros. Porém, combinado com outros componentes, poderá vir a ser uma solução inovadora para a substituição de insumos na fabricação de álcool gel. 

 

Sobre o IST Papel e Celulose

O IST em Papel e Celulose, onde está sendo desenvolvido o projeto, oferece serviços de pesquisa e inovação em produtos e processos, ensaios laboratoriais e consultorias para a indústria do setor de celulose, papel e convertedoras e indústria química fornecedora para esse segmento. A unidade tem foco na promoção de soluções tecnológicas para ampliar a competitividade da indústria da região. Para conhecer, acesse: senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/nossarede/celuloseepapel

 

Sobre a Chamada Saúde Tech

Para promover o controle e combate à COVID-19, o Senai no Paraná em parceria com o Governo do Estado e com a Fundação Araucária lançaram a chamada Saúde Tech. Foram 10 projetos aprovados para serem desenvolvidos em Institutos Senai de Tecnologia e Inovação em todo o estado.

 

SOBRE O SISTEMA FIEP

O Sistema Fiep é composto pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As instituições trabalham integradas em prol do desenvolvimento industrial.

Com linhas de atuação complementares, realizam a interlocução com instâncias do poder público, estimulam o fomento de negócios nacionais e internacionais, a competitividade, a inovação, a tecnologia e a adoção de práticas sustentáveis, e oferecem serviços voltados à segurança e saúde dos trabalhadores, à educação básica de crianças, jovens e adultos, à formação e aperfeiçoamento profissional, à formação de nível superior, além de capacitação executiva. Sistema Fiep: nosso i é de indústria.

 

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