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Demanda por atendimento de autismo cresce em PG

A Associação de Proteção aos Autistas de Ponta Grossa (Aproaut) vem registrando um aumento significativo, ano após anos, na demanda por atendimentos na cidade. Em atividades no município há mais de 20 anos, a instituição privada atua por meio de convênios e termos de cooperação firmados com o município, estado e governo federal, o que permite ofertar serviços nos setores de saúde, assistência e educação. Todavia, a demanda é grande e a fila de espera só aumenta.

De acordo com a assistente social da instituição Márcia Fidelis, o local atende pessoas entre os três e os 30 anos de idade e atualmente são 120 matriculados. Mas a lista de espera gira em torno de 50 pessoas em cada um dos serviços, incluindo a avaliação psicológica, que é aquela que é feita antes do encaminhamento, e que permite o diagnóstico do chamado Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

“Percebemos que vem aumentando a incidência, em parte porque o diagnóstico tem sido mais preciso. No entanto, não conseguimos ampliar os atendimentos, até por conta de nossa estrutura física que já está lotada”, diz. Ela recorda que oito anos atrás, quando começou a atuar no estabelecimento, eram 50 crianças atendidas, e esse número mais que dobrou. Segundo a assistente social, isso evidencia a necessidade de ampliação dos termos de cooperação.

 

Transtorno

Apesar de os sinais do transtorno variarem, há três comprometimentos que são considerados mais comuns e ajudam no diagnóstico de crianças. O primeiro é na interação social. A pessoa se isola por ter dificuldade de compreensão do outro. O segundo sintoma recorrente é a dificuldade na comunicação: há crianças que não desenvolvem a fala e outras que têm ecolalia (fala repetitiva). Como terceiro sinal, há a questão comportamental: as ações podem ser estereotipadas, repetitivas. Qualquer mudança na rotina passa a ser incômoda para a criança. Imagine que a mãe sempre vá buscar o filho na escola.

 

Edital

A prefeitura de Ponta Grossa informou que, além do departamento da pessoa com deficiência, a Aproaut é a única instituição que trabalha especificamente com autistas. Se outras instituições surgirem, estando dentro das exigências estabelecidas, também serão atendidas. Neste mês abre-se o edital de chamamento, oportunidade em que outras instituições podem se inscrever para ofertar os serviços.

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