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Biografia conta a história de Horácio Droppa, “o Médico dos Pobres”

Uma botica na Rua da Estação que atendia camponeses que vinham do interior a cavalo ou carroças. Com ou sem dinheiro saíam medicados. Um professor da UEPG que dedicou sua vida a ensinar alunos a manipular medicamentos, “um ser humano que, amenizou cicatrizes das dores do corpo e da alma, provocou recantos de felicidade em jardins estéreis e fez da simples condição de existir, fascínio perfumado para aqueles que perambulavam pelas searas onde disfarçadamente a vida borbulhava”.  

Esta é a história de Horácio Droppa que a escritora, colunista do Diário dos Campos, e atual presidente da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes (APLA) Dione Navarro narra em seu livro “Horácio Droppa – o Médico dos Pobres”, editado pela Editora Texto e Contexto. A obra será lançada nesta sexta feira (06), às 19h30, no Grande Auditório da UEPG Centro.

O livro trata-se de uma biografia de Horácio Droppa, que começou a sua missão de futuro curador, muito cedo, aos 12 anos de idade quando foi contratado pela Farmácia Milka (hoje localizada no final do Calçadão) coma a  obrigação de lavar e esterilizar as vidrarias que acondicionaria os medicamentos manipulados em uma das farmácias mais simbólicas de Ponta Grossa.  “Desde muito cedo Horácio, todos os dias era o espectador mais encantado para este mundo desconhecido do “escutar, diagnosticar e prescrever”, relata Dione.

Como conta a autora, Horácio Droppa foi um farmacêutico além de seu tempo. “Pelo seu racionalismo dinâmico e suas atitudes de amor ao próximo, se hoje colocássemos Horácio Droppa num contexto de modernidade da profissão farmacêutica, sua botica seria uma Farmácia Clínica, ou seja, uma denominação atual para uma área moderna da profissão farmacêutica, que preconiza a prática do uso racional de medicamentos, como a orientação e utilização de estratégias do conhecimento pertinente a fim de otimizar a farmacoterapia e promover a cura”, relaciona a autora.

A biografia relata, dentre outros fatos da vida do farmacêutico, a vinda dos pais de Horácio Droppa da Áustria, a história de sua esposa Ivette, descendente de imigrantes do Líbano, as homenagens recebidas por ele, a história de seus filhos e depoimentos de professores e alunos da UEPG que fizeram parte de seu convívio. A autora foi uma destas pessoas: além de ter sido aluna de Droppa, trabalhou um ano com ele, assumindo a disciplina de farmacotécnica após seu falecimento. “Horácio Droppa foi alguém que emoldurou na sua própria existência, como bem precioso, a construção de almas. Conforme a linha de seus desejos, amadureceu sonhos em corações alheios, amenizou cicatrizes das dores do corpo, provocou recantos de felicidade em jardins estéreis e fez da simples condição de existir, fascínio perfumado para aqueles que perambulavam pelas searas onde disfarçadamente a vida borbulhava”, enaltece.

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