em

Bloqueio de verbas pode afetar atendimento no Hospital Universitário

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) tenta reverter o panorama criado pelo bloqueio de verbas anunciado pelo Governo do Estado. De acordo com o reitor Miguel Sanches Neto, o contingenciamento de 20% não chega a ser tão preocupante, porque ainda permite que todos os salários de funcionários e compromissos com fornecedores sejam pagos até setembro. O problema maior é com recursos obtidos via Desvinculação da Receita de Estados e Municípios (Drem), que pode afetar até mesmo o HU.

A Drem consiste em outras fontes de renda. São recursos provenientes de convênio com o SUS recebido pelos serviços prestados no Hospital Universitário (HU), verba originária de inscrições no vestibular, e de serviços como os prestados na fazenda-escola ou farmácia-escola. O governo passou a bloquear 30% desses recursos próprios das universidades. Segundo o reitor, nas sete instituições estaduais de ensino superior, a Drem soma cerca de R$ 60 milhões ao ano.

“É dinheiro que usamos para realizar o vestibular, pagar a conta de luz, água, manter em funcionamento o restaurante universitário, cursos, a clínica odontológica. São verbas de custeio”, explica Sanches Neto.

 

Vestibular e saúde

Com isso, existe o receio de que a realização do vestibular de inverno seja prejudicada. No HU, o pagamento dos funcionários que atuam na UTI, a realização de exames e consultas, entre outros serviços oferecidos à comunidade, correm o risco de ser prejudicados ou suspensos. Por essa razão, a UEPG está em negociação com o Governo do Estado, pela liberação de R$ 4,9 milhões ao HU e R$ 1,1 milhão para o ensino. Recursos indispensáveis para o custeio de despesas até julho. “A conversa com o governo está boa, mas a situação da UEPG é complicada”, comenta o reitor.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.